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Pular corda é muito mais que brincadeira

Iniciativa tem objetivo de incentivar crianças a praticar esportes e já resultou em medalhas

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
14/12/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Uma ação social executada na Santa Casa de Diadema, no Jardim Canhema, tem despertado o talento de crianças carentes e mostrado que o ato de pular corda pode ser muito mais do que brincadeira. Integrantes do projeto Toninhos, que atende 160 crianças e adolescentes da periferia, com idades entre 6 e 15 anos, no contraturno escolar, participaram de competição estadual em São José do Rio Preto, no dia 28, e trouxeram 11 medalhas de ouro, nove de prata e dez de bronze.

Duas modalidades são ensinadas há seis meses pela treinadora Angélica Cristina de Souza Lopes, 30 anos. Uma delas, chamada de Rope Skipping (pular corda, em inglês), é praticada individualmente. Na outra, denominada Double Dutch (na qual a primeira palavra significa duplo e a segunda, o nome da língua holandesa), são utilizadas duas cordas. Em ambas, o pulo vem acompanhado de manobras, como flexões, por exemplo. “Comecei ensinando o básico e decidi montar uma equipe, com oito crianças, para participar do campeonato, que tiveram mais de 200 competidores”, conta Angélica. Para levá-los à disputa, ela tirou dinheiro do próprio bolso para alugar uma van e contou com complemento da Confederação Brasileira de Double Dutch e Rope Skipping. Todo o esforço é válido para incentivar a garotada a praticar o esporte, que traz vários benefícios. “Ajuda no desenvolvimento da criança, tanto da parte motora, como socioafetiva, já que estimula a cooperação, além de tirá-los da rua”, lista.

Ganhadora de duas medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze, Kellen Kallyne Lima de Sousa, 11, “não ligava para corda”, até saber tudo o que podia fazer com ela. “Preferia futebol, mas, quando vi que dava para fazer um monte de coisas, me interessei”, fala. Ela tomou tanto gosto pela atividade que planeja se tornar atleta. “Quero viajar o mundo competindo.”

O esporte exige dedicação e persistência, já que as manobras não são fáceis. A determinação de conseguir realizá-las resulta não só no êxito, mas também em mudança de comportamento. “Ficava muito nervoso quando errava. Aprendi a manter a calma, que tudo dá certo”, disse Kauê Soares de Oliveira, 13. Assim, ganhou uma medalha de ouro, uma de prata, duas de bronze e ainda um aprendizado que lhe ajudará em qualquer momento da vida. 




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