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CPI dos Correios: há indícios de conluio no correio noturno
Por Da Agência Câmara
16/03/2006 | 16:53
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Com término do depoimento do sócio da empresa Aeropostal Brasil Transportes Aéreos Ltda Roberto Kfouri, nesta quinta-feira, o Sub-Relator de Contratos da CPI dos Correios, José Eduardo Cardozo (PT-SP), informou que a fase de depoimentos na sub-relatoria está encerrada, e que ele deve concluir seu relatório até segunda-feira. Cardozo reafirmou que vai incluir em seu parecer a constatação de que há indícios de conluio entre os Correios e as empresas que prestam serviços de correio aéreo noturno para a ECT.

O relator se baseia em fatos como o de que a Skymaster foi contratada para prestar o serviço em julho de 2000, no mesmo período em que foi concluída uma licitação em que a vencedora era a empresa de transporte aéreo Fly Brasil e a segunda ganhadora, a Taff.

Cardozo informou que o responsável pela área de licitações dos Correios, na época, José Garcia Mendes, emitiu parecer em 3 de julho de 2000, apontando a Skymaster como a empresa selecionada para prestar o serviço. O parecer é da mesma data em que a empresa vencedora da licitação teria sido consultada sobre a capacidade de realizar o serviço, ou seja, antes mesmo de resposta negativa da primeira colocada na licitação e antes também de a segunda companhia vencedora ser consultada. Segundo Cardozo, as duas empresas vencedoras alegaram que não teriam condições de prestar o serviço.

Para o relator, no entanto, o parecer já estaria pronto, antes mesmo da conclusão da licitação.

Mercado brasileiro — durante a reunião, Cardozo afirmou que a Beta e a Skymaster tentaram impedir a empresa de transporte aéreo Evergreen International Airlines de entrar no mercado brasileiro. Kfouri negou essa informação e disse que procurou a diretoria da Evergreen apenas para conhece-lá e não para impedi-la de entrar no País.

Cardozo lembrou que outra empresa de transporte aéreo, chamada Prata, teve seu contrato com os Correios revogado, em razão do alto valor cobrado, mesmo tendo aceitado reduzir o valor em 5%. O sub-relator ressaltou que isso não aconteceu no caso da Beta, que estava com o valor 108% acima do preço propsoto pelos Correios.

Kfouri alegou não ter informações sobre os motivos de o contrato da Beta ter sido mantido, mas comprometeu-se a encaminhar os esclarecimentos necessários à CPI.




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