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Chile lembra 30 anos do golpe militar
Por Do Diário OnLine
11/09/2003 | 12:40
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O presidente do Chile, Ricardo Lagos, usou a porta lateral para entrar no Palácio La Moneda, nesta quinta-feira. A entrada foi a mesma usada pelo ex-presidente Salvador Allende, deposto e morto no golpe militar de 11 de setembro de 1973, deflagrado por Augusto Pinochet.

“Esta é a porta por onde entravam e saíam os presidentes do Chile, mas como cidadãos, sem honras de Estado”, disse Lagos.

Logo após o golpe, a porta havia sido lacrada em uma tentativa simbólica de sufocar qualquer memória do regime democrático deposto. Porém, a reabertura da entrada, localizada na rua Morand, é um dos atos realizados no Chile nos últimos meses para lembrar o golpe militar.

O edifício, projetado no fim do século XVII pelo arquiteto italiano Joaquim Toesca, foi transformado em sede do governo chileno em 1848. Porém, na ocasião do golpe, o imóvel foi bombardeado por ordem de Pinochet. O então presidente chileno Salvador Allende, que fora eleito democraticamente três anos antes, preferiu morrer a ser derrubado pelos militares. O cadáver de Allende foi retirado do prédio pela porta reaberta por Lagos.

Segundo dados oficiais, mais de três mil pessoas morreram ou desapareceram durante os 17 anos do regime de Pinochet, entre 1973 e 1990.

Atentado- Algumas localidades no Norte do Chile ficaram sem luz nesta quinta-feira por causa da derrubada de sete torres de alta tensão na região. Policiais encontraram perto das torres panfletos do grupo de extrema esquerda Frente Patriótica Manoel Rodrigues.




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