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Jesus pede 30 dias por plano na Saúde

Na posse, secretário de São Caetano solicita tempo para estudar e dar solução aos gargalos

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
28/02/2015 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Empossado ontem para chefiar a Secretaria de Saúde de São Caetano, o ortopedista Jesus Gutierrez pediu 30 dias para vasculhar todas as mazelas e ingerências da Pasta para apresentar plano de gestão. O setor vinha se recuperando de crise administrativa, agravada pelo desabastecimento de remédios, sob a tutela interina de Caio Williams Castro Júnior, que retorna à diretoria de Vigilância Sanitária.

“As pessoas sofrem muito quando necessitam de atendimentos rápidos de ambulatório. Essa demora no atendimento e para marcar consultas, com prazo de até sete meses, incomoda muito as pessoas. A demora para fazer exames também é ruim, somada à ausência de medicamentos. Vamos entrar em uma fase de análise, de avaliação da situação. A partir do momento que a gente tomar pé da situação vamos procurar ações para sanar esses problemas o mais rápido possível”, prometeu o novo responsável pela Saúde são-caetanense.

Durante o período de um mês, Jesus pretende vistoriar todas as repartições e equipamentos que compõem a rede municipal. Estão incluídos no processo andamento de contratos de fornecimento de medicamentos, materiais cirúrgicos e de gestão, no caso do Complexo Hospitalar – que envolve o Emergências Albert Sabin, Infantil e Maternidade Márcia Braido e Maria Braido. “Primeiro precisamos resolver as necessidades básicas das pessoas. Tirar essa demanda de exames, medicamentos que estão faltando à população. Temos ideias de alguns problemas, mas não de todos.”

Além da parte técnica, ao estilo do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), que também atuou como médico da rede pública da cidade, Jesus considerou ir às ruas “conversar com a população para sentir quais são as necessidades” atuais. “Isso nossa equipe vai fazer”, garantiu, ao colocar a humanização do atendimento, umas das missões delegadas pelo chefe do Executivo, como prioridade a ser alcançada.

Para Pinheiro, atendimento humanizado deve ser perseguido desde a entrada do cidadão ao serviço. “É o ponto principal. Quem chega para ser atendido quer ter atenção. Isso começa desde a recepção até o ato final para resolver o problema de saúde. Jesus é pessoa benquista, profissional humano que tem muito a se doar, mas, logicamente que, como ortopedista, tem sua limitação.”

Está em curso na Pasta processo de cadastramento de OSS (Organização Social de Saúde) para firmar futuro contrato de gestão. A mira é o Hospital São Caetano, que será transformado em unidade de retaguarda. “Desconheço. Esse assunto eu preferia não discutir agora, porque não estou a par”, comentou Jesus.

A crise na Saúde foi evidenciada pelo desabastecimento de medicamentos na rede, feito por meio dos polêmicos contratos firmados pela FUABC (Fundação do ABC) com a Medic Center Distribuidora de Produtos Hospitalares Ltda – que tem como proprietária offshore localizada no Panamá, paraíso fiscal no Caribe – e a Healthecnica Produtos Hospitalares Ltda – ligada à Logic Engenharia, responsável por obra irregulares em São Bernardo. O caso fez Pinheiro afastar e demitir Mário Chekin do comando da secretaria. 




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