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Bolsa: em baixa ou em alta, dá para ganhar um bom dinheiro
Letícia Casado
Do Diário do Grande ABC
30/03/2007 | 07:01
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Comprar ações que estão em baixa é uma das estratégias a ser adotada pelo investidor em Bolsa de Valores, mas existem oportunidades em que se pode apostar tanto na alta quanto na baixa, podendo ganhar muito dinheiro com isso. A dica é de Eduardo Matsura, diretor da CMA Educacional, uma multinacional brasileira especializada em gerenciamento de operações eletrônicas e no desenvolvimento de sistemas que fazem a operação entre o investidor e a Bovespa ou a BM&F.

Uma estratégia de compra e venda de ações feita pelo Departamento de Análise da CMA e divulgada nessa semana mostrou que o rendimento das ações do setor de papel e celulose chegou a 29% em um mês.

Quando as ações de duas empresas do setor foram compradas, uma estava em alta, e a outra, em baixa. Essa combinação de investimentos possibilitou o ganho final de 29%. Esse tipo de operação é chamado de long-short – quando o aplicador realiza a compra e venda simultânea de pares de ações dentro de um setor de atividade, no caso, o de papel e celulose.

Toda empresa com ação em Bolsa realiza projeções de rentabilidade de seus papéis. A CMA pegou projeções de cada uma dessas empresas e comparou com a expectativa de mercado (o quanto é esperado que as ações rendam), feita por bancos e corretores de valores.

“As ações que praticamente já atingiram a expectativa de mercado são vendidas, e aquelas que ainda estão longe da expectativa são compradas”, explica Matsura.

“O que fizemos foi apostar na alta e na queda do papel, e ganhamos nas duas pontas”, completou o diretor da CMA Educacional.

Entre 15 de fevereiro e 22 de março, a estratégia long-short que apresentou o maior ganho foi a de compra de ações da Klabin e venda de papéis da Suzano. Nesse período, os ativos da Klabin tiveram alta de 6,65%, enquanto os da Suzano perderam 15,28%. A composição desse rendimento chegou a 29,49%.

O economista-chefe do Departamento de Análise da CMA, Luiz Rogé, explica que “a Klabin foi a ação com maior potencial de retorno em relação às outras”.

Ele deixa claro que a CMA não fala em comprar ações, mas de montar estratégias de compra. “Não prometemos retorno, isso depende das condições de mercado. Envolve riscos. Tivemos performances boas, mas isso não quer dizer que uma estratégia não possa dar errado”, diz Rogé.



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