O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), indicou ontem ‘facilidades’ com a nomeação da ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior (PT) à presidência da Caixa Econômica Federal – com raiz política no município, a petista está prestes a ser anunciada pela presidente Dilma Rousseff (PT) como dirigente do banco público. “A facilidade se dá pela proximidade de interlocução. Quando for demanda (a Brasília), ela sabe exatamente do que se trata (projeto), pois conhece muito bem a cidade.”

De 1997 a 2000, Miriam foi secretária de Administração de Santo André e, de 2001 a 2002, titular de Inclusão Social e Habitação. Embora comemore o elo com a conterrânea, Grana ponderou, entretanto, que o trâmite burocrático das propostas na instituição não vê coloração partidária. “Ela vai tratar Santo André de forma republicana. A Prefeitura precisará cumprir todas as tarefas, como qualquer outro município”, minimizou. Conforme dados do Orçamento local deste ano, o Paço aguarda a liberação de R$ 950 milhões do governo federal.

A maior parte deste montante passa pelo crivo da Caixa. “O repasse dos recursos depende da capacidade de execução dos projetos (elaborados pelo Paço)”, mencionou o prefeito. Entre as propostas do Executivo que ficarão inseridas no processo está a construção de dez creches, implantação da ETA (Estação de Tratamento de Água) do Pedroso e pacote de obras viárias. “Por isso, do ponto de vista político, a Miriam assumindo é ganho muito grande.”

COMPANHEIRO
Apesar da relação com o correligionário Gilberto Carvalho, que deixou em dezembro a Secretaria-Geral da Presidência, o prefeito revelou que não houve convite para eventual retorno do colega de partido a Santo André. “O Gilberto está frango gordo. Ele ficou em escala um pouco maior”, comparou. Ele assumirá o Conselho Nacional do Sesi (Serviço Social da Indústria), a partir de fevereiro. O cargo faz parte da cota de indicações políticas da gestão federal.