Eleito para comandar o Legislativo de Santo André no biênio 2015-2016, Bispo Ronaldo de Castro (PRB) projeta a construção de prédio anexo à Câmara. O religioso antecipou que pretende abrir estudo logo nos primeiros meses à frente da mesa diretora para viabilizar a proposta. O plano do próximo dirigente é erguer espaço auxiliar visando implantar novos gabinetes. “Veremos com engenheiros e arquitetos o que é necessário fazer para levantar esse anexo, o que daria para reformar todos os atuais gabinetes e o (setor) administrativo”, disse o republicano.

A Câmara passa, atualmente, por reforma, que deve ser finalizada em meados de fevereiro. Ronaldo tem intenção de dar encaminhamento ao projeto, concomitantemente às intervenções no prédio. “Nossa ideia é colocar a proposta em andamento já em abril ou maio e pensar, futuramente, em licitação. Se der tempo vou começar as obras”, justificou, referindo-se ao período de elaboração de levantamento básico e, posteriormente, ao tempo de certame. “Podemos levar para lá alguns departamentos, como administração, e fazer sala de imprensa”, sinalizou.

O republicano negou que o projeto esteja no planejamento no intuito de acolher eventual aumento do número de cadeiras no Legislativo – de acordo com a legislação, a Casa teria chance de ampliar outras seis vagas, acrescentando de 21 para 27 parlamentares. Para Ronaldo, a possibilidade de elevação foi descartada em 2011, quando o texto sofreu rejeição em plenário, com ampla pressão contrária de entidades. “A onda veio e passou. Não vejo abertura até pela decepção da população com a política. Creio que continuaremos com 21 vereadores mesmo.”

Embora Ronaldo evite tratar sobre o assunto, hoje polêmico, há parlamentares que defendem a ampliação de cadeiras, inclusive a bancada do PMDB, composta por dois parlamentares. A tese é amparada por partidos políticos que vislumbrar nova apreciação da matéria com validade para a eleição municipal de 2016, o que, na teoria, poderia facilitar o ingresso de candidatos a vereança filiados a legendas menores. Contudo, diante da delicadeza do tema, a pauta segue conversada a sete chaves ou, informalmente, nos corredores da Casa.

Por enquanto, não existe estimativa de gastos com o anexo. Porém, o projeto necessitaria de autorização do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e Condephapasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico de Santo André), pois o local é tombado.