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Eleição interna faz base de Marinho rachar na Câmara

Aliado, PSD promete candidatura à presidência e
cogita até buscar apoio de oposicionistas no Legislativo

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
06/11/2014 | 07:00
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Montagem/DGABC


A escolha do próximo presidente da Câmara de São Bernardo instaurou racha no bloco de aliados do prefeito Luiz Marinho (PT). A bancada de sustentação, composta por 20 vereadores, está longe de atingir consenso sobre o candidato que representará o governo no pleito interno e ontem parlamentares governistas anunciaram divisão na concorrência, marcada para dezembro. Há chance de haver três chapas defendendo as cores da administração.

Na sessão de ontem, o PSD anunciou candidatura própria ao comando do Legislativo, considerando, inclusive, possibilidade de aliança com o governo para obter a vitória. “Temos espírito crítico. Nosso partido colocou seu nome. Estamos hoje junto com o DEM e outras siglas estão chegando para falar a mesma língua para tentar formar a mesa diretora. O nosso grupo pode compor com a oposição, não tem problema nenhum”, adiantou o vereador Fábio Landi (PSD). Na conta do pessedista, há votos do correligionário Rafael Demarchi e dos democratas Mauro Miaguti e Reginaldo Burguês – os dois evitam escancarar o apoio ao PSD.

Landi colocou campanha em prática ao criticar o modo de condução dos trabalhos por parte do atual presidente, Tião Mateus (PT). “Nossa questão é trabalhar e de forma correta. Hoje os trabalhos são interrompidos toda hora. Muita morosidade acaba ocorrendo. É precisa enxugar a máquina. Existem 190 sessões solenes ao ano, o que é muita coisa. Cabe ao parlamentar procurar não onerar a Casa.”

Especulado com força para aglutinar candidaturas governistas, Ramon Ramos (PDT) lembrou de acordo firmado em 2013, quando Marinho pediu que Tião fosse o candidato da base.

“Quando foi montada atual mesa diretora, ficou certo que para a próxima legislatura ocorreria alternância de poder. Os primeiros dois anos com o PT no comando e os dois últimos com a base de aliados. Isso foi conversado entre os vereadores, deixando certo que os parlamentares da primeira mesa estariam fora da próxima”, resgatou o vereador, colocando nas mãos do prefeito a condução do processo interno. “A indicação será do prefeito. O peso dela é de 100%.”

O cenário apontado por Ramon, no entanto, não é compartilhado pela bancada petista. De acordo com Tião Mateus, a legenda pode encabeçar a chapa devido representatividade na Casa – é a maior bancada, com oito parlamentares. “De maneira alguma o PT está fora da disputa. Temos oito vereadores na Casa. Vamos conversar com o Marinho e daí tiramos, ou da bancada do PT ou dos aliados, um representante. Eu não tenho nada contra aos meus aliados, porque são meus parceiros na Câmara”, sustentou Tião. Caso Marinho banque nome do PT na concorrência interna, José Luiz Ferrarezi (PT) é o preferido da base. 




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