Política Titulo Vistas ao Grande ABC
Demandas da região são atendidas parcialmente

Carta enviada pelos sete prefeitos ao chefe da Nação em 2003 listou oito prioridades; seis foram concluídas

Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
01/01/2011 | 07:05
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não conseguiu contemplar integralmente as demandas prioritárias do Grande ABC, formuladas e encaminhadas pelos sete prefeitos da região, através do Consórcio Intermunicipal, em março de 2003. Mesmo assim, proporcionou avanços significativos aos municípios.

A carta ao presidente de quase oito anos atrás listou oito prioridades em diversas áreas. Três foram atendidas dentro do prazo desejado, ou seja: até o fim do primeiro mandato de Lula, em 2006. Outras três somente foram finalizadas durante o segundo mandato, que encerra-se hoje. Uma foi atendida parcialmente e outra ficou pendente.

Entre os pleitos destaca-se a criação da UFABC (Universidade Federal do ABC), que possui campi em Santo André e São Bernardo, e deverá ser instalada em Mauá em 2011.

A primeira das demandas listadas pelos prefeitos atendidas pelo governo Lula foi a instalação de posto de informações do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o que ocorreu em junho de 2003. A unidade está inserida na Agência de Desenvolvimento Econômico, em Santo André.

Ainda durante o primeiro mandato a União favoreceu o fortalecimento das cadeias produtivas. Através da ampliação do fornecimento de matérias-primas, permitiu a expansão dos segmentos químico, petroquímico e de plástico.

Após a reeleição de Lula, a região aguardou anos para observar novamente alguma demanda encaminhada pelos prefeitos ser atendida. Em 2009, o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), então presidente do Consórcio, encaminhou balanço da carta de 2003 e apontou as pendências.

No início de 2010 foram finalizadas as construções do sistema de coletor-tronco para afastamento dos efluentes hídricos das áreas de mananciais da Represa Billings, e do Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas. Ambas as obras foram tocadas majoritariamente pelo governo estadual, mas contaram com participação da União nos cronogramas de execução.

Também em 2010 o Consórcio Intermunicipal foi transformado em órgão público para se adequar à Lei nº 11.107 de 2005, pela qual a União somente celebra convênios com consórcios públicos constituídos sob a forma de associação pública ou que para essa forma tenham se convertido.

O documento classificou o Ferroanel, que está em fase de estudos, como pleito parcialmente atendido pelo governo federal, que em 2009 o retirou do cronograma de ações do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), por falta de acordo com o governo estadual quanto ao traçado.

Também não foi criado o sistema regional de segurança pública. Os chefes dos Executivos creditam o fato à falta de apoio de Brasília.




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