Além do meia Marcelinho Carioca, que recebeu o terceiro cartão amarelo na derrota diante da Ponte Preta, o Santo André corre o risco de perder mais dois titulares contra o CRB, às 20h30 de sexta-feira, no Rei Pelé, em Maceió: o ala Arthur e o atacante Elton Brandão. Os dois estão contundidos, respectivamente, no tornozelo esquerdo e no pé direito. O armador Júnior Dutra, uma das opções para ocupar a vaga de Marcelinho, reclamava de contusão muscular na coxa antes do embarque de na tarde de quarta-feira para o Nordeste.

Para compensar o desfalque de Marcelinho e provavelmente de mais três jogadores, o técnico Sérgio Soares confirmou o retorno dos volantes Fernando e Willians, do goleiro Neneca, do zagueiro Marcel, do meia Jeferson e do artilheiro Márcio Mixirica. Todos cumpriram suspensão na terça-feira.

Apesar do tropeço, Sérgio Soares pôde comemorar a permanência do Santo André como terceiro colocado na Série B do Brasileiro. Afinal, os dois concorrentes diretos, Vila Nova-GO (segundo, 48 pontos) e Avaí (quarto, 47) só empataram na rodada. O primeiro ficou no 1 a 1 diante do Criciúma e o segundo no 0 a 0 contra o Ceará, ambos fora de casa. "Não conquistamos pontos, mas o fundamental é que permanecemos no G-4 (o bloco dos quatro melhores colocados na tabela). Nas atuais circunstâncias, a gente não pode se distanciar da luta pelo acesso", alerta o treinador.

Portanto, o resultado ruim de terça-feira não provocou, segundo ele, maiores estragos ao Santo André. "É natural que a gente sempre queira vencer, mas nem sempre é possível. Infelizmente, entramos em campo sem a base utilizada na temporada. Sou de valorizar o contexto de grupo, mas nunca é bom mudar radicalmente ou mexer na estrutura toda", exemplificava o comandante, na quarta-feira, antes do embarque para Maceió, ao se referir ao que aconteceu no estádio Bruno Daniel. "Vamos passar uma borracha e pensar no CRB", sugeria.

Matheus admite falta de ritmo na estréia, mas rejeita falhas

Ao analisar as imagens da mais recente derrota do Santo André nos 3 a 1 de terça-feira diante da Ponte Preta, Matheus acredita que não tenha falhado em nenhum dos gols - todos no primeiro tempo. Ao surgir no saguão do estádio Bruno Daniel para conceder uma entrevista coletiva, o goleiro parecia um tanto apreensivo, mas logo recebeu o apoio de alguns torcedores que lá estavam para cumprimentá-lo.

"Se repararem direito, verão que não tive culpa. No primeiro, o Marinho subiu na cobrança de uma falta (cobrada pelo meia Renato) e tocou pelo alto. Depois, o cara bateu lá de longe (Jairo, da esquerda) e, em seguida, veio outro chute meio espírita (de surpresa)", reprisava Matheus, ao justificar os três lances mais decisivos.

No entanto, Matheus admitiu que a falta de ritmo no primeiro jogo que ele disputou na temporada o atrapalhou. "Não diria que me faltasse reflexo. Mas, se o goleiro tem uma determinada seqüência, tudo fica mais fácil. A gente mostra segurança, não é mesmo?", supõe.