Economia Titulo Proposta salarial
Metalúrgicos rejeitam aumento real de 1,25%
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
03/09/2008 | 07:05
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Na primeira reunião marcada após o aviso de greve dos metalúrgicos, o Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) melhorou a proposta de aumento real: correção da inflação mais 1,25% de aumento real ante os 0,50% apresentado antes. No entanto, os dirigentes da categoria rejeitaram a proposta por esta oferecer a metade do índice concedido à classe no ano passado.

Segundo o presidente da FEM/CUT (Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores), Valmir Marques, o Biro Biro, com a proposta abaixo do esperado pelos metalúrgicos - que querem ganhos compatíveis ao aumento da produtividade das montadoras, que está por volta de 15% - as mobilizações devem se intensificar amanhã. Nas montadoras do Grande ABC devem ser feitas assembléias nesta quarta e quinta-feira para avaliar as reuniões.

O presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Francisco Nunes Rodrigues, colocará em assembléia na tarde de hoje dar início as paralisações na General Motors, já que estará cumprida as 48 horas de aviso de greve. "Precisamos aumentar as pressões", diz.

Em São José dos Campos e Campinas, os sindicatos locais preparam uma greve de 24 horas hoje na planta da GM, Honda e Toyota. Até o início da noite de ontem, os dirigentes sindicais dessas plantas continuavam em negociação com o Sinfavea.

Os metalúrgicos da Volkswagen-Audi e Renault, em São José dos Pinhais (PR), iniciaram a greve na segunda-feira e decidiram na terça-feira manter mais 48 horas de greve para pressionar as montadoras. A condição colocada pelas empresas é que essas só voltariam a negociar com o fim da paralisação, o que não foi aceito pelos trabalhadores. A Volvo foi a única que resolveu manter o diálogo com a classe e os funcionários voltaram aos seus postos.




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