Aparentemente, o episódio Marcel não provocou piores desdobramentos no ambiente do Santo André. Ao se referir à agressão do goleiro Júlio César no zagueiro durante o clássico regional de sexta-feira à noite, no Anacleto Campanella, o diretor-geral do clube, Sérgio do Prado, definiu-a como coisas do futebol. "Se houve ou não houve excessos do Júlio César, diria que isso acontece no calor de uma disputa", disse o dirigente, sábado à tarde, ao dirigir à Capital para ver o time B diante do Nacional pela Copa Paulista.

Apesar de tudo, Prado admite usar as imagens da TV somente no caso de um eventual julgamento de Marcel. "Como nosso atleta saiu expulso, poderíamos utilizar as cenas gravadas para defender o Marcel", avisa.

A exemplo de Prado, Marcel preferiu não entrar em maiores detalhes. Em síntese, porém, ele recorda que tentava alcançar uma bola na linha de fundo no momento em que Júlio César entrou na dividida. "De repente, levei uma cabeçada e a minha boca sangrou. Nem percebi o que aconteceu", garante.

Quanto a um dos ônibus do Santo André, depredado nas imediações do estádio, depois do jogo, Prado procurou isentar o próprio São Caetano. "Nunca podemos vincular um contratempo isolado como esse a um clube co-irmão. São atos isolados. Mantemos um relacionamento de alto nível", acredita Prado, que, uma hora antes do clássico, participou de uma reunião sugerida pelo comandante do policiamento. O presidente da Tuda, Ovídio Simpionato, uma das torcidas organizadas do Santo André, participou do encontro. "O ônibus estava estragado e o motorista ficou lá. Então, fomos embora nos demais veículos. Confesso que não vi nada", contou.

O elenco do Santo André se reapresenta neste domingo pela manhã no Bruno Daniel. O próximo adversário pela Série B do Campeonato Brasileiro é a Ponte Preta, na terça-feira, às 20h30, no Bruno Daniel. O meia Jeferson cumpriu suspensão e pode voltar.