Política Titulo Menos de 21
Por erro, Severino assume candidatura estadual do filho

Felipe do MSTU não pôde disputar cadeira de deputado por ter menos de 21 anos, idade mínima exigida pela lei

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
01/08/2014 | 00:15
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Orlando Filho/DGABC


Vereador de primeiro mandato em Mauá, Severino do MSTU (Pros) vai entrar às pressas no processo eleitoral deste ano. O parlamentar iria apoiar a candidatura a deputado estadual de seu filho, Felipe Freitas de Assis (PRTB). Após registrado o projeto eleitoral de Felipe no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), a família foi informada que o futuro candidato não tem idade mínima para assumir cadeira na Assembleia Legislativa.

Felipe tem 20 anos. Completará 21, idade mínima para exercer mandato de deputado estadual, somente no dia 5 de maio de 2015. Fato que o inviabiliza na disputa eleitoral de outubro.

A candidatura foi protocolada sem conferência da idade do republicano-trabalhista. Na quarta-feira, o TRE-SP informou que teria de impugná-lo. E, para não perder parte de apoiadores já organizada para a eleição deste ano, Severino optou por ir às urnas: será ele o candidato a deputado estadual pela família.

Severino culpou o diretório estadual do PRTB pelo desconhecimento da legislação eleitoral. “Foi erro da (direção) estadual do PRTB. A candidatura estava registrada e o TRE ligou dizendo sobre a idade. Como ele vai completar 21 anos só em maio, depois da posse (que ocorre em março) preferimos não correr o risco”, destacou. Procurada, a executiva estadual do PRTB não se pronunciou sobre o caso.

Diante do impasse, o vereador recorreu ao seu partido, o Pros, para registrar candidatura a deputado estadual para manter o projeto vivo. O prazo para registro de candidatos na Justiça eleitoral se encerra terça-feira.

“Fui correndo para Campinas para incluir meu nome na ata da convenção do partido e já dei entrada do registro na Justiça Eleitoral. Fechamos vários compromissos de campanha em mais de oito cidades do Interior do Estado, não podia deixar de representar o movimento (nas urnas)”, explicou. A manobra do parlamentar foi confirmada pelo primeiro secretário do Pros, José Roberto Praça.

O PRTB, de Felipe, tem candidato próprio ao governo do Estado, Walter Ciglioni, e não tinha fechado coligações. O Pros apoiará a candidatura de Paulo Skaf (PMDB) ao Palácio dos Bandeirantes, mas não firmou coligações na eleição a deputado estadual.

O vereador disse que a mudança inesperada quebrou planejamento particular. “O partido queria que eu viésse como candidato, mas eu queria terminar o meu mandato de vereador, numa boa. Mas ainda bem que (a mudança) foi motivo simples, trocamos, faz parte do jogo. Seria pior se fosse caso de morte.”

Severino descartou que a troca de candidato e sigla partidária do projeto cause prejuízo à campanha que já estava em curso. “O Felipe é meu filho. A candidatura não é por partido, é pelo movimento (MSTU). Se pegasse você como candidato do movimento, estaria eleito. Estamos representando o MSTU”, argumentou, que já pensa em estender parcerias com candidatos a deputado federal de Mauá. Helcio Silva (PT), que busca reeleição com a bênção do prefeito Donisete Braga (PT), e Diniz Lopes (PR) podem figurar em dobradas com Severino. 




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