O São Caetano demonstrou raça, Somália fez dois gols, mas uma expulsão ainda no primeiro tempo impediu o time de vencer o Fluminense, nesta sexta-feira à noite, no estádio Anacleto Campanella. O técnico Jair Picerni precisou fazer três alterações, mas não conseguiu evitar o empate por 2 a 2 com os cariocas, na etapa final. Este foi mais um resultado ruim para a equipe da região, que se mantém em estado de alerta, com 41 pontos, no Campeonato Brasileiro.

Todo de branco, o São Caetano entrou em campo e viu um Fluminense unido, com a bandeira do clube, agitada posteriormente para a torcida carioca que veio ao Grande ABC. O Azulão ignorou o adversário e partiu em velocidade para o ataque. Edílson, pela direita, xingava e levava perigo ao gol de Kléber. Mas a primeira chance foi do Fluminense, aos cinco minutos. Petkovic cobrou falta e Igor desperdiçou de cabeça.

Aos poucos, o Tricolor dominava as ações e o São Caetano arriscava nos contra-ataques. Numa dessas jogadas, aos 15, o zagueiro Tiago arriscou-se pela esquerda, tocou para Edílson, que rolou com tranqüilidade para Somália. O atacante parou e esperou Kléber para escolher o canto e definir a abertura do placar. Foi seu primeiro gol desde que retornou ao Azulão.

Atrás, Douglas e Neto, dois gigantes, cercavam bem Tuta, enquanto Zé Luís e Júlio César paravam Petkovic. O São Caetano cresceu, ganhou o meio-campo e ampliou com Somália, aos 27, de cabeça. A vantagem foi diminuída logo em seguida, depois da expulsão de Ricardo Lopes, que levou o segundo amarelo, após dar um carrinho. Petkovic bateu falta na grande área e Marcão fez o primeiro gol do Fluminense, aos 30, também numa cabeçada. Mesmo com um jogador a menos, o Azulão mantinha o placar favorável.

No segundo tempo, Jair Picerni colocou Gustavo no lugar de Tiago para anular as bolas aéreas e Triguinho reassumiu a ala esquerda de Canindé, para reforçar a marcação, prejudicada pela expulsão da primeira etapa. Com um jogador a mais, o Fluminense voltou em cima do São Caetano, mas errava muitos passes, principalmente na intermediária adversária. Além disso, o time carioca insistia no jogo pelo alto, dominado por Gustavo, Douglas e Neto.

E na primeira jogada pelo chão, o empate, marcado aos 29. Sob raios e trovões, Magrão tocou para Arouca de pé direito marcar o segundo gol carioca. Foi literalmente uma ducha de água fria para o clube do Grande ABC. Com a chuva, grande parte da torcida deixou o estádio, que sofreria com o vento e o forte temporal até o final da partida.