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Combustíveis ficam mais caros
Por Mariana Oliveira
Do Diário do Grande ABC
02/07/2005 | 07:55
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Os preços do álcool e da gasolina terão aumento a partir da próxima semana O Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Grande ABC) informa que o litro do álcool subirá entre 10% a 12% e passará a custar, na maioria dos postos, de R$ 1,00 a R$ 1,08; o litro da gasolina terá acréscimo de 1,5% a 2%, passando a custar de R$ 2,12 e R$ 2,18.

O reajuste, de acordo com a entidade, se deve ao aumento dos preços dos combustíveis fornecidos pelas distribuidoras. O Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustível e Lubrificantes), por sua vez, alega que os combustíveis custarão mais em razão da alta no custo do álcool hidratado (utilizado na produção do álcool combustível) e do álcool anidro (que representa 25% da composição da gasolina).

O preços serão reajustados pelos postos da região na medida em que os estoques dos estabelecimentos precisarem de reposição. "Os postos e as companhias de petróleo foram pegos de surpresa pelos usineiros, que decidiram aumentar o preço do álcool. Desde ontem (quinta-feira), os empresários que compraram combustíveis já receberam os produtos mais caros", afirmou o presidente do sindicato, Marcos Campagnaro.

O vice-presidente executivo do Sindicom, Alísio Mendes Vaz, afirmou que o aumento dos preços pelas distribuidoras é conseqüência do encarecimento dos combustíveis. "As usinas venderam o álcool cerca de 5% mais caro para as companhias na última semana. Isso influencia no preço para o consumidor final." Ele destacou que, devido ao mercado ser livre, cada distribuidora pode reajustar os preços da maneira que achar conveniente.

A técnica do Cepea-USP (Centro de Estudos Avançados e Pesquisas Aplicadas da Universidade de São Paulo) Miriam Bachi disse que, na última semana, o preço do álcool hidratado aumentou 9,4% e do álcool anidro 8%. "Alguns especialistas afirmaram que a safra da cana-de-açúcar (matéria-prima do álcool) seria 10% maior do que o previsto e os preços acabaram caindo há alguns meses. Como isso não ocorreu, os preços estão se recuperando. Além disso, os usineiros estão exportando muito açúcar e acabam não se preocupando em tornar os preços (tanto do álcool como do açúcar) mais competitivos no mercado interno", explicou.

Levantamento do Diário aponta que, um proprietário de carro pequeno à álcool, com capacidade para 45 litros de combustível, gastará R$ 6 a mais para encher o tanque. Se for um carro a gasolina nas mesmas condições, o aumento será, em média, de R$ 2.




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