A suplente de deputada federal Mariângela Duarte (PT) não conseguia esconder nesta quarta-feira a ansiedade de voltar a exercer o mandato em Brasília. Apesar de defender com veemência o direito de defesa de José Dirceu e de reconhecer sua importância na história do Partido dos Trabalhadores e da redemocratização do país, a parlamentar, com base eleitoral na Baixada Santista, confessa que ficou surpresa com o fato de ser primeira suplente de uma legenda que está no governo e mesmo assim ter de interromper o trabalho que realizava havia dois anos e meio.

Com dois projetos de lei aprovados na Câmara e mais quatro "na boca para entrar em votação", Mariângela destaca que conseguiu levar um campus da Universidade Federal de São Paulo para a Santos e ainda participou da elaboração do projeto de Biodiesel.

Experiente – "Foi uma produção muito boa para um período curto", afirma, justificando que isso se dá porque foi parlamentar por 17 anos e meio, com dois mandatos de vereadora, dois de deputada estadual e agora em Brasília. "De qualquer forma, voltaria à suplência em abril, quando os deputados que estavam no governo teriam de se desincompatibilizar para disputar novamente a eleição", diz.

Mariângela Duarte, que pertence à mesma corrente partidária de José Dirceu (Campo Majoritário), não acompanhou a votação ontem transmitida pela televisão. Ela tinha de dar aula de encerramento numa entidade social.