Política Titulo Diadema
Lauro expõe base aliada em projeto que mexe no Ipred

Governo enviou texto sem aval dos conselhos; vereadores foram pressionados pelo Sindema

Júnior Carvalho
Do dgabc.com.br
14/12/2019 | 07:00
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O governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), deixou sua própria base aliada na Câmara em saia justa ao enviar projeto que mexe na arrecadação financeira do Ipred (Instituto de Previdência de Diadema) sem aval dos conselhos internos da autarquia. Por causa disso, a proposta nem foi votada na sessão de quinta-feira, mas os parlamentares governistas foram expostos à pressão dos servidores.

Na manhã de quinta, a primeira-dama Caroline Rocha, chefe de Gabinete do Paço, protocolou na casa proposta que suspende até 2020 o pagamento da chamada alíquota suplementar, um dos repasses obrigatórios da Prefeitura ao instituto responsável pela aposentadoria do funcionalismo. A exigência do Executivo, segundo relatos de vereadores, era a de que a proposta fosse apreciada ainda na sessão de quinta, à tarde. Os governistas afirmaram que a primeira-dama garantiu que o texto havia seguido o rito legal para ir à votação.

O cronograma do governo, porém, foi abortado depois que oposicionistas alertaram que a mudança não teria sido avalizada pelos conselhos do Ipred e que, portanto, não poderia ser apreciado pela casa. Foi o suficiente para que o Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema) mobilizasse os servidores para protestarem contra a medida.

O líder do governo, Companheiro Sérgio (Cidadania), anunciou logo no início da sessão a retirada do projeto. “A primeira-dama disse que o governo havia conversado com os setores envolvidos, mas na verdade não houve essa conversa”, disse. Ao Diário, o líder de Lauro confirmou que a proposta ainda não tinha sido apreciada pela autarquia.

Até a própria bancada do partido do prefeito foi obrigada a admitir a falha do governo. “Realmente, houve um vício processual. Então, tem que seguir o rito. Tem que passar pelo conselho e depois para a gente”, reconheceu o governista Márcio Júnior (PV).

A direção do Sindema deixou o Legislativo com a garantia de que a medida não será apreciada durante o recesso, que começa na sexta. “Não faremos nada escondido”, assegurou o presidente da casa, Pretinho do Água Santa (DEM). 




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