O pré-candidato do PPS à Presidência, Ciro Gomes, admitiu, no sábado, que, apesar de o partido ainda nao ter decidido se apoiará o pré-candidato à prefeitura do Rio Sérgio Cabral Filho (PMDB) ou o petebista César Maia, sentiria-se desconfortável de subir no mesmo palanque do deputado Roberto Jéfferson, presidente estadual do PTB. "Isso incomoda um pouco, quase muito", declarou, ao ser questionado sobre o eventual apoio a Maia.

Ciro ressaltou, porém, que, na escolha, será dada importância ao "conteúdo programático" das candidaturas, e nao ao candidato, exclusivamente. "Cada um tem suas vantagens e desvantagens", disse, referindo-se a Maia, Cabral e à candidata do PT, Benedita da Silva, e ao ex-governador Leonel Brizola (PDT). "Estamos conversando e discutindo as possibilidades." Para Ciro, a eleiçao no Rio é "peculiar", por causa da "carga nacional que envolve".

Vice - A executiva do PPS reuniu-se sábado, no Rio, para discutir o rumo do partido nas eleiçoes municipais. "O quadro ainda está indefinido; por isso, nao daremos uma posiçao definitiva hoje", declarou, na ocasiao, o presidente regional do PPS, Sérgio Arouca. Ele, no entanto, disse que Sérgio Cabral já acenou com a possibilidade de ceder para o partido o lugar de vice na eventual chapa, e que Maia "ainda está indeciso".

"Se o César Maia fechar com o PSDB, fechamos com o PMDB", ressaltou o ex-deputado. Maia e Cabral serao convidados para participar, separadamente, de um seminário que será promovido pelo PPS para discutir a sucessao municipal.