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Mulheres são maioria em secretariado do 2º mandato de Avamileno
Kléber Werneck
Especial para o Diário
20/12/2004 | 09:22
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Uma inédita parcela de 40% das secretarias municipais de Santo André estará em mãos pintadas com esmalte a partir de janeiro. O Diário apurou que, das 15 pastas, seis serão comandadas por mulheres. Domingo, após a cerimônia de diplomação no Fórum da cidade, o prefeito João Avamileno prometeu anunciar o novo secretariado amanhã à noite, na sede do PT.

Entre os nomes, a única novidade será a vice-prefeita eleita, Ivete Garcia, também diplomada neste domingo. Ela deve ocupar a pasta de Inclusão Social. A atual titular da secretaria, Rosana Denaldi, será mantida. Ela vai comandar Desenvolvimento Urbano, que também englobará Habitação, no lugar de Irineu Bagnariolli.

As outras escolhidas são Cleusa Repulho (Educação), Miriam Blois (Secretaria de Obras e Serviços Públicos), Tereza Santos (Administração), e Marcela Cherubine (Assuntos Jurídicos). Todas já fazem parte do governo, que conta com 33,3% de mulheres no secretariado.

Mas, além da entrada de Ivete, o aumento do número de mulheres na administração também se deve à extinção de três pastas: Combate à Violência Urbana, Relações Empresariais e o núcleo de Comunicações. Só secretários homens perderam cargos. Avamileno não quis falar em nomes, mas confirmou a mudança. "Em time que está ganhando, não se mexe, apenas se faz ajustes", afirmou o prefeito reeleito.

A participação das mulheres não será apenas quantitativa, mas qualitativa também. Na relação estão algumas das pastas mais importantes da administração. O trabalho de Cleuza na Educação, por exemplo, foi classificado pela equipe de governo como um dos principais trunfos de Avamileno na eleição. Miriam assumiu a então Secretaria de Serviços Municipais após uma série de denúncias e, no entender da cúpula petista, se saiu "muito bem". Rosana, por sua vez, cuida de uma das áreas estipuladas como prioritárias na campanha de Avamileno.

Todas elas estiveram neste domingo na cerimônia de diplomação no Fórum. Assim como o secretário de Governo Mário Mauricy. Indagado sobre o assunto, ele comentou: "É a política de gêneros levada à prática na administração."

Sustentação - Além das especulações sobre o secretariado, o outro assunto que dominou as rodas de conversas durante a cerimônia de diplomação foram as negociações para formação da bancada de sustentação. A Prefeitura já iniciou os contatos com os parlamentares, que devem ser intensificados nesta semana.

O governo dividiu as tarefas nos últimos dias do ano. Enquanto Mauricy ficou responsável pela reforma administrativa e aprovação dos últimos projetos na Câmara, o secretário adjunto de Governo, Wander Bueno do Prado, está encarregado das conversas com a nova Câmara.

Wander não quis comentar o assunto, alegando que primeiro vai se reunir com a bancada do PT. Alguns parlamentares presentes, no entanto, confirmaram terem mantido conversas com Wander. Como o vereador Carlos Raposo (PV), que apoiou o candidato da Frente Andreense, Newton Brandão (PSDB), nas eleições. "Almoçamos juntos nesta semana, mas não falamos de política", despistou.

O pedetista Aidan Ravin afirmou que ainda nesta semana deve se manifestar sobre o assunto. Ele disse que a possibilidade de apoio está sendo analisada junto com Carlos Ferreira, o outro parlamentar eleito pela legenda. "Até quarta-feira vamos fazer uma reunião e definir", disse.

O prefeito João Avamileno também se mostrou confiante quanto às negociações por apoio no Legislativo. Acredita que nos próximos 15 dias poderá formar uma bancada de sustentação do Executivo. "Hoje não temos 11, mas daqui a 15 dias podemos ter mais do que isso", afirmou o prefeito.

Ausência - A grande surpresa na cerimônia de diplomação realizada no Fórum, presidida pelo juiz Marcelo Theodósio dos Santos, da 156ªzona eleitoral, foi o não comparecimento do vereador Sargento Juliano (PMDB). Quando o parlamentar, o segundo mais votado na cidade (9.128 votos), foi chamado para receber o diploma, as autoridades presentes olharam para os lados à procura dele ou de uma explicação e nada encontraram.

Nem o colega de partido de Juliano, o vereador José de Araújo, soube explicar a ausência. "Estive com o Juliano na sexta-feire e ele me disse que viria", afirmou. A chefe do cartório eleitoral central, Marli Redigulo, também disse que o vereador havia confirmado presença. Segundo ela, o vereador precisa apenas ir ao cartório retirar o diploma. Procurado pela reportagem, Sargento Juliano não foi localizado. A reportagem do Diário ligou para o celular do vereador, mas ninguém atendeu. Até o fechamento desta edição ele também não havia respondido às mensagens deixadas na caixa postal.




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