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Coréia ameaça retirar vigilância de centros nucleares
Da AFP
15/12/2002 | 11:31
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A Coréia do Norte ameaçou retirar unilateralmente o sistema de vigilância internacional de seus centros nucleares, como primeiro passo para reativar seu programa nuclear, congelado desde 1994, segundo a agência oficial de notícia norte-coreana KCNA.

O diretor do Departamento Geral de Energia Atômica norte-coreano, Ri Je Son, disse que o país se prepara para uma ação drástica depois da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o departamento das Nações Unidas que controla este setor, ter ignorado o pedido de Pyongyang de retirar os sistemas de vigilância.

"Se a AIEA não tomar uma providência imediata para atender nosso pedido, tomaremos as medidas necessárias unilateralmente", disse Ri este sábado à KCNA.

A agência acrescentou que Ri enviou seu ultimato por carta duas vezes à sede da AIEA em Viena, na quinta-feira e neste domingo.

A Coréia do Norte anunciou quinta-feira que reativaria "imediatamente" seu programa nuclear, interrompido em 1994 pelo acordo com os Estados Unidos, provocando inúmeras reações no mundo e o corte de envios de combustível a Pyongyang.

Em resposta, o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, pediu à Coréia do Norte que respeite as medidas de segurança impostas a seu programa nuclear e manifestou seu desejo de que Pyongyang não expulse os inspetores da AIEA.

Por sua vez, o presidente americano, George W. Bush, e o chefe de Estado sul-coreano, Kim Dae-Jung, assinaram esta sexta-feira um documento dizendo que Pyongyang não pode continuar, e se declararam favoráveis a uma solução pacífica para convencer a Coréia do Norte a acabar com seu programa de armas nucleares.

"Os dois dirigentes concordam em continuar buscando uma solução pacífica para a crise, mas não permitirão que as relações com a Coréia do Norte continuem igual", declarou o porta-voz da presidência dos EUA, Ari Fleischer, após um telefonema entre os dois chefes de estado.

A polêmica em torno da questão nuclear começou em outubro, quando, segundo os Estados Unidos, Pyongyang reconheceu que continuava um programa militar em segredo, apesar do acordo de 1994.




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