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Mercado imobiliário prevê retomada
Por Márcia Pinna Raspanti
Do Diário do Grande ABC
15/12/2004 | 10:10
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O mercado imobiliário no Grande ABC deve crescer 15% no próximo ano ante 2004, prevê o presidente da Acigabc e vice-presidente do Secovi-SP (Sindicato da Construção), Milton Bigucci. Neste ano, as vendas devem ser 40% maiores que em 2003, ano em que o setor encolheu. Segundo Bigucci, o mercado retornou aos níveis de 2002. "O ano passado foi muito ruim", lembra.

Em novembro, o setor apresentou crescimento de 142% nas vendas de apartamentos residenciais em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC). Foram vendidos 267 apartamentos dos 3,6 mil em oferta na região em novembro, ante 106 vendidos de 4.675 ofertados em igual mês de 2003. Com relação a outubro de 2004, o melhor mês do ano para o setor, houve queda de 7,4% - naquele mês, foram vendidas 321 unidades das 3.935 disponíveis.

O índice de velocidade de vendas (número de unidades ofertadas dividido pelo número de vendas) também confirma a recuperação do setor na região. É verdade que caiu de 8,2% em outubro para 7,4% em novembro mas, em 2003, era bem mais modesto: 2,8% em outubro e 2,3% em novembro. De janeiro a outubro de 2004, o mercado imobiliário acumulou R$ 298 milhões em vendas e o VGV (Valor Global de Venda), que mede o preço médio de comercialização na região, foi de R$ 115 mil em outubro (a Aciagabc ainda não calculou os valores de novembro).

Na região, São Caetano apresentou a mais alta velocidade de vendas em novembro (14,7%), seguido de Diadema (9,6%), São Bernardo (7%), Santo André (6,2%) e Mauá (0,6%). Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não entram na pesquisa. De acordo com Bigucci, as perspectivas para 2005 são boas para todas as cidades, que deverão apresentar crescimento no setor.

A Aciagabc ainda não fechou o balanço de janeiro a novembro, mas Bigucci estima para o Grande ABC crescimento semelhante ao da capital - que, segundo o Secovi, deve ficar em 40%. "Isso se não houver nenhum contratempo na economia", ressalta Milton Bigucci, presidente da entidade.

Segundo Bigucci, mesmo com as medidas anunciadas pelo governo federal neste ano para incentivar a construção, o mercado imobiliário ainda enfrenta série de obstáculos, como elevada a carga tributária, juros altos para a construção e para financiamento da casa própria e a burocracia para a aprovação de novos empreendimentos. "Há projetos que demoram até três anos para serem aprovados", informa. Em meados deste ano o presidente Luiz Inácio Lula da Silva promulgou a Lei 10.931, que instituiu, entre outras medidas, o Patrimônio de Afetação da Incorporação Imobiliária e a Alienação Fiduciária de Bens Imóveis, considerada um marco na história do mercado imobiliário brasileiro.

São Paulo - O Secovi apresentou ontem balanço anual do mercado imobiliário na cidade de São Paulo. A venda de unidades residenciais cresceu 40% entre outubro de 2003 e novembro de 2004 e passou de 13,5 mil para 19 mil. O presidente do sindicato, Romeu Chap Chap, afirmou que o resultado não é "nada bombástico" pois 2003 foi um dos piores anos para o setor. Já o volume de lançamentos apresentou queda de 15% neste ano.




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