Política Titulo Seria 2ª unidade
Santo André oficializa desistência de ETA no Recreio

Paço aponta que desapropriação não é viável, já que sequer há recursos para aquisição da área

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
12/10/2018 | 07:00
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O governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), formalizou a desistência de concretizar projeto de construção de ETA (Estação de Tratamento de Água) no Recreio da Borda do Campo. O equipamento seria o segundo nestes moldes na cidade, com objetivo de elevar a capacidade de produção própria de água, hoje de 6%. Em publicação no Diário Oficial, o Paço revogou decreto de 2013 que declarava de utilidade pública área destinada à implantação da proposta, sob a ideia de desapropriação do terreno. O espaço pertence ao Clube de Campo do ABC e ao Esporte Clube Santo André, no valor de aproximadamente R$ 9
O plano inicial previa aumentar a produção própria para 25%, reduzindo a dependência da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). A administração tucana confirmou a decisão ao alegar que “a desapropriação não é mais viável porque não há recursos nem para a aquisição da área nem para a construção da ETA nos moldes em que ela foi projetada originalmente”. “A gestão atual assumiu a Prefeitura em 2017 já sem esses recursos”, pontuou o Paço. O município tem uma unidade, situada no Guarará.

Contrato assinado em 2014, ainda na gestão anterior, de Carlos Grana (PT), para erguer a ETA no local foi suspenso no ano passado, quando a União cancelou o processo depois que o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) perdeu prazo para solicitar prorrogação do pedido de financiamento da obra, que despenderia R$ 84 milhões. À época da tramitação do projeto, a autarquia andreense chegou a sacramentar acordo com o Consórcio Capellano/Construtami para construir o equipamento.

O Semasa relatou que há, atualmente, levantamento sendo desenvolvido internamente como alternativa, analisando a construção de ETA mais compacta do que a projetada para a área do Recreio da Borda do Campo, e que “operaria com outra tecnologia, gerando a mesma capacidade de produção de água que teria a ETA Recreio – 350 litros por segundo”. “Esta ETA em estudo, por ser menor, não necessitaria de um terreno de grandes dimensões, como era o do Recreio. Este estudo, no entanto, ainda está em desenvolvimento, sem definição de local e avaliação de custos”, emendou o Paço. 




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