Quem nunca se aventurou a cantar no banheiro, com os amigos, família, ou, simplesmente, sem ninguém por perto? Tudo isso para se divertir com música. Mas e quando a brincadeira vira sonho? É o caso de Johnny (o gorila gângster), Rosita (a porquinha que cuida dos 25 filhos leitões), Meena (a elefanta tímida), Ash (a porco-espinho roqueira), Gunter (o porquinho dançarino com sotaque engraçado), Mike (o rato encrenqueiro), entre outros tantos personagens. 

Na animação Sing – Quem Canta Seus Males Espanta, eles habitam mundo parecido com o normal, mas toda a população é formada por animais ao invés de seres humanos (algo como mostrado em Zootopia: Essa Cidade é o Bicho). O que essa turma apresentada tem em comum é a paixão pelos palcos e pelo canto, apesar de viverem vidas comuns no dia a dia. Já conformados que não seria possível realizar esse desejo, eles têm reacesa a esperança quando ficam sabendo que o empolgado coala Buster Moon cria concurso musical com prêmio de R$ 100 mil para o vencedor. 

O objetivo do pequeno personagem é aumentar os rendimentos de seu antigo grande teatro, que está com dívidas, esquecido pelo público e beirando à falência. A ligação com o pai também movimenta sua relação com o local, que foi comprado no passado graças ao esforço do patriarca. Apesar da fama no passado, ninguém mais parece ligar para o futuro do espaço. 

Dos mesmos criadores de Meu Malvado Favorito, o filme da Universal Pictures estreia quinta-feira nas telonas de todo o País, com cópias espalhadas pelo Grande ABC. Sing mostra como os talentosos animais se encontram por conta do concurso e como passam a conviver nos ensaios. Detalhe que alguns desses ‘artistas’ fazem tudo escondido das famílias. O que eles não sabem é que Buster não tem esse dinheiro para pagar ao vencedor, mas espera arrecadá-lo até o grande dia da apresentação. A partir daí, série de confusões agita a história, também recheada de mensagens positivas, como a que o que vale mesmo é a paixão que temos por alguma coisa – no caso, cantar.

Uma das lindas citações da animação, dita pelo sonhador coala é: “Quando você sentir que está no fundo do poço, lembre-se: só dá para ir em uma direção... para cima!”. Sempre há motivos para seguir em frente.

Personagens em destaque

JOHNNY. O amável gorila vive infeliz ajudando seu pai, integrante de gangue de bandido. Ele vê no concurso oportunidade de soltar a voz, mesmo contra o desejo do patriarca, que sonha com ele pilotando o carro na fuga dos assaltos. Johnny tenta esconder ao máximo sua participação no concurso.

ASH. A porco-espinho tenta viver da música ao lado do namorado, mas ainda não teve sucesso. Na seleção dos candidatos, o coala Buster gosta de sua voz, mas aconselha que o casal se separe. Mesmo brigando com o namorado, Ash segue em frente e começa a compor uma música especial para o evento.

MEENA. A doce e tímida elefanta tem uma voz maravilhosa que é escondida pela timidez. Ela é encorajada pela família a todo momento a seguir em frente com o sonho de se apresentar e o concurso parece ser a oportunidade perfeita para ela brilhar. No entanto, Meena precisa superar o medo de enfrentar o palco e o público. 

Cantores brasileiros emprestam vozes

Ao assistir a Sing – Quem Canta Seus Males Espanta é possível reconhecer vozes bem populares. Sandy, por exemplo, empresta sua voz a Meena, a elefanta. A também cantora Wanessa dubla a roqueira Ash e Fiuk dá vida a Johnny, o gorila. Efetivamente, é a primeira vez que os três artistas fazem dublagem. Em entrevista exclusiva para o Diarinho, eles falaram sobre a experiência.

Para Fiuk, o fato de cantar e de ter feito novelas o ajudou no momento de encaixar sua voz na boca do gorila. “Me identifiquei muito com Johnny. Tive banda de punk rock por dois anos sem meu pai (Fábio Jr.) saber, já que ele é cantor romântico. Ele foi aceitando aos poucos. Além disso, para eu cantar na frente dos outros era muito difícil, só fazia no palco com a banda.”

Sandy entrou no elenco da animação com um desafio mais teatral e recordou o tempo em que trabalhou como atriz na televisão e no cinema. “Foi mais rápido do que eu imaginava. Adorei e espero repetir essa experiência mais vezes.” Em Sing, o que mais a encantou em Meena foi a sua doçura. “Falando dos contrastes comigo, ela é muito tímida, medrosa, e não sou assim. Claro que, dependendo da apresentação, fico com frio na barriga, mas nada parecido com a personagem. Por isso foi tão legal.”

Segundo Wanessa, dublar a porco-espinho Ash foi um presente. Um dos desafios foi esquece o modo que costuma cantar normalmente e buscar a outra voz ideal. “Naquele momento eu era a Ash”, explica. A cantora destaca a mensagem do longa-metragem, de que o que importa é ter sonhos e não a competição em si. “O filme mostra que todos são capazes de ser o que quiserem. E como é algo muito musical se torna muito divertido.”