Política Titulo Modificação
Diário promove mudanças na direção da Redação
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
14/12/2016 | 07:00
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O Diário fez alterações nos quadros da Diretoria da Redação e instituiu a Diretoria Institucional, com objetivo de aproximar o morador das sete cidades do maior jornal regional do País. O jornalista Evaldo Novelini, 40, deixa o posto de editor-chefe para comandar a Redação, enquanto o também jornalista Sérgio Vieira, 39, assume a função de diretor institucional.

Diretor superintendente do Diário, Ronan Maria Pinto avalia que as alterações têm como objetivo fortalecer o jornal como instituição junto ao Grande ABC. “As mudanças promovidas na direção do Diário buscam preparar a empresa para que ela chegue aos 60 anos, que vamos completar em 2018, sendo a instituição mais respeitada do Grande ABC. Existem muitos desafios e algumas diretrizes. Manter o jornal relevante e fonte confiável de informações em um ambiente cada vez mais digitalizado e pulverizado é o principal deles. Para isso, apostamos na independência de nossa linha editorial. A criação da Diretoria Institucional, por sua vez, vai nos permitir dialogar com governos e também com a iniciativa privada em busca de projetos capazes de fortalecer a região. Um Grande ABC forte significa um jornal forte.”

Novelini pontua que a meta é fortalecer a independência do Diário e aproximá-lo dos 2,7 milhões de moradores da região, que detém o quarto maior PIB (Produto Interno Bruto) nacional. “Sempre que me pedem para definir o papel de um jornal regional perante a comunidade, gosto de citar o lema em latim que está presente na bandeira do município de São Paulo: ‘Non Ducor Duco’, que significa ‘Não sou conduzido, conduzo’. É exatamente nisso que acredito. Temos responsabilidade que ultrapassa o ofício de noticiar. Na lida diária em busca da informação, somos capazes de identificar com propriedade os anseios e os problemas da sociedade. Por isso, concomitantemente, colocamos nossa força e nossa credibilidade na busca de soluções, cobrando dos responsáveis. Sempre tendo como meta o fortalecimento regional, sem nunca nos submetermos a eventuais interesses particulares, públicos ou privados.”

Vieira afirma que seu papel será dialogar com os entes públicos da região. “Com muita satisfação e ciente da responsabilidade do novo desafio, assumo a Diretoria Institucional do Diário focado no planejamento estratégico da instituição, estreitando relacionamento com o poder público e a classe empresarial, visando ainda mais o futuro do jornal e preparando para os 60 anos, em 2018. A Redação, a qual tive a honra de comandar nos últimos cinco anos, seguirá firme com sua liberdade editorial, agora sob o comando de Evaldo Novelini, que esteve ao meu lado, como editor-chefe, em todo esse período. Um novo momento para o jornal, adequado para o novo momento do País. Não tenho dúvidas que seremos ainda mais fortes e relevantes para o Grande ABC.”<EM>

Fundado em 11 de maio de 1958, ainda sob o nome de News Seller, o Diário se notabilizou por ser o braço direito do Grande ABC, principalmente no período das greves sindicais das décadas de 1970 e 1980 – uma das reportagens, ‘Grande ABC: A Metamorfose da Industrialização’, assinada por Ademir Medici e Édison Motta (morto em 2015), o jornal conquistou o Prêmio Esso.

A instituição pretende se manter como principal canal de expressão dos problemas da região no momento em que o País atravessa grave crise econômica, que atinge em cheio as sete cidades – há queda de arrecadação das prefeituras, fechamento de empresas, aumento no número de desempregados (226 mil, conforme a Fundação Seade) e obras paradas.

A Carta do Grande ABC, publicada pelo Diário em 11 de maio de 2015, será aplicada em sua totalidade. O documento norteia como o jornal vai se comportar perante aos temas nevrálgicos da região. “Não dá para nos calarmos frente ao êxodo de companhias dos mais diversos segmentos para outros Estados e, principalmente, para o mercado estrangeiro, sobretudo o asiático. É importante que alguém levante a voz para alertar sobre a perda de empregos, perda de renda, perda de identidade do Grande ABC. Isso não iremos permitir. Chamaremos a atenção da sociedade, cada vez mais, para isso. Quem quiser vir conosco nessa luta, será muito bem-vindo. Quem não quiser, terá os holofotes voltados para si. Não esconderemos os malfeitos de quem apenas finge que defende os interesses das sete cidades”, diz um trecho da Carta do Grande ABC. 




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