Mais de 3 milhões de pessoas em todo o país têm aplicações no chamado Fundo 157, mas boa parte ainda não retirou o dinheiro - muitos investidores nem sabem que há dinheiro para receber. A CVM (Comissão de Valores Imobiliários), atual administradora do fundo, está à procura dessas pessoas. Podem sacar os recursos parados da aplicação os contribuintes que depositaram parte do imposto de renda declarado entre anos de 1967 e 1983. Atualmente, o fundo tem mais de 584 milhões de reais depositados e não há data limite para o saque do dinheiro.

O Fundo 157 foi criado em 1967 com o objetivo de incentivar o mercado de ações e dava opção aos contribuinte de utilizar parte do imposto devido em aquisição de cotas em fundos administrados por instituições financeiras. Hoje, o Fundo 157 tornou-se o Fundo Mútuo de Investimento em Títulos e Valores Imobiliários.

A CVM localizou muitos cotistas do antigo fundo e enviou cartas para que os investidores fossem sacar o dinheiro e explicando os procedimentos do resgate. Segundo o superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores, Marcelo Marques, os valores das aplicações não são tão altos. "É importante que as pessoas retirem este dinheiro, que está parado em algum banco e ficará assim indefinidamente."

Resgate - Para sacar o dinheiro aplicado no Fundo 157, os contribuintes devem ir ao banco em que fez o investimento, com o extrato referente ao fundo, emitido pela Receita Federal à época de adesão ao investimento. Caso não o cliente não se lembre em que banco fez o investimento, ou o banco não existir mais, ou ainda caso ele não possua mais nenhu m extrato, deve procurar a CVM para orientações. A comissão vai rastrear as aplicações feitas pelo contribuinte e informá-lo como retirar o dinheiro.

Marques pede que as pessoas tenham paciência quando procurarem os serviços de atendimento da CVM porque as linhas de atendimento e o site estão congestionados. "Estamos recebendo muitos pedidos ultimamente. Só o nosso site tem pelo menos 150 mil visitas por dia."