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Clóvis Volpi agora fala em ser prefeito de Mauá
Cristiane Bomfim
Do Diário do Grande ABC
12/01/2009 | 07:00
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Se a Justiça Eleitoral permitir, a saúde estiver boa e houver "clamor popular", o prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), poderá disputar as prévias em 2012 dentro do partido para concorrer à Prefeitura de Mauá. "Eu não sou aventureiro. Não quero fazer um vexame depois de a minha carreira ter sido, do meu ponto de vista, brilhante. Sem sentimento popular, você não ganha uma eleição", afirma ele, que já negou dezenas de vezes a possibilidade.

"É uma coisa interessante ficar negando e negando as chances de eu concorrer. Hoje, penso mesmo em encerrar a minha carreira política fazendo um bom mandato aqui (em Ribeirão Pires). Tanto que eu não saio para disputar a eleição de deputado estadual", disse, minutos antes de mudar o tom e deixar claro que tudo pode acontecer. "Nunca imaginei que concorreria à Prefeitura de Ribeirão Pires. Fui a uma reunião para decidir quem eu apoiaria e depois da primeira, da segunda e da terceira reunião, eu sai candidato em 2004".

Volpi, que por duas vezes foi eleito vereador em Mauá (de 1983 a 1988 e de 1993 a 1994, quando se elegeu deputado estadual), já é uma das opções mais comentadas nos bastidores políticos da cidade. O nome do prefeito aparece sempre em uma possível disputa com a deputada estadual Vanessa Damo (PV).

LEI ORGÂNICA - Mas a principal dificuldade de Volpi, caso decida disputar a sucessão de Oswaldo Dias (PT), não deverá ser a idade - hoje ele tem 60 anos - ou o desejo da população, mas sim driblar a Justiça Eleitoral. Pela lei, um candidato a prefeito deve residir na cidade em que disputará o pleito pelo menos um ano antes da eleição.

"A Justiça não permite que ele more em uma cidade e concorra ao cargo em outra. Assim, se quiser ser prefeito de Mauá, terá de mudar de endereço", diz o especialista em Direito Eleitoral, Leandro Petrin.

De acordo com o item d do artigo 43 da Lei Orgânica de Ribeirão Pires, o prefeito não poderá, sob pena de perda do mandato, "fixar domicílio fora do município". "Com isso, para disputar o cargo, ele deverá renunciar à Prefeitura em 2011", explica Petrin.




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