A oposição interna no Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Santo André indica vitória em processo eleitoral ainda contestado na Justiça. O pleito é realizado em paralelo ao conduzido pelo representante legal da categoria, Carlos Alberto Pavan – o outro começou ontem e encerra hoje –, que denuncia ilegalidades na disputa. A chapa única inscrita nesta concorrência inicial obteve 87,3% dos votos, computados na madrugada de ontem, com 1.284 sufrágios. O total de nulos somou 96 (6,4%) e brancos foram 95 (6,3%).

De acordo com informações da comissão eleitoral que regeu o processo, a disputa atingiu o mínimo exigido pelo estatuto no segundo turno (de 35%), iniciado na segunda-feira, com o crivo de 1.470 votos válidos. No primeiro turno, firmado entre os dias 19 e 21, faltaram 20% de sufrágios para atingir o percentual (de 50%, mais um).

Integrante do bloco colegiado que conseguiu a votação, Durval Ludovico avaliou que o processo deve ser avalizado devido ao alto índice de adesão do funcionalismo e por ter seguido o rito descrito no estatuto. “Com certeza será considerado legal judicialmente”, pontuou. Uma das acusações da atual direção é a de que a coleta de votos aconteceu em locais fora do ambiente de trabalho dos servidores, como no Paço, Semasa e Craisa, “descumprindo regras estatutárias, além de não respeitar edital”.

“Está tudo irregular. Vejo como medida desesperada para vislumbrar algo jurídico. Não terão sucesso”, retrucou Pavan.

A posse da nova diretoria está marcada para dia 28 de outubro. A situação sobre quem assumirá o comando, no entanto, segue com imbróglio. No processo convocado por Pavan, três chapas concorrem. Embora não tenha conquistado a liminar requerida, o representante legal do Sindserv aguarda julgamento do mérito na 3ª Vara Civil, em que pede a nulidade do pleito anterior. “Entramos com a medida no momento da eleição. Está em andamento.”