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Construção fechará ano com alta de 11%
Tauana Marin
08/12/2010 | 07:07
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O PIB (Produto Interno Bruto) da construção civil brasileira deverá crescer cerca de 11% neste ano e 6% em 2011. As previsões são do presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), Sergio Watanabe.

Isso porque o nível de emprego formal da construção brasileira subiu 15,1% entre janeiro e setembro deste ano, ante o mesmo período de 2009. Em novembro, a indústria de materiais utilizou 91,1% de sua capacidade instalada, nível recorde. Para se ter ideia, até setembro, o consumo de cimento no ano acumulava crescimento de 17,1% e o de aço, 19,1%.

No Grande ABC, por exemplo, houve crescimento de 14% no volume de vagas geradas no setor durante este ano, em comparação com 2009. Segundo a diretora do SindusCon-SP na região, Rosana Carnevalli, o bom desempenho deve ser repetido em 2011.

"Temos muita demanda para atender. Há déficit habitacional, financiamentos de longo prazo e políticas públicas, como o programa federal Minha Casa, Minha Vida. A economia favorece o aquecimento do mercado imobiliário", afirma a dirigente da entidade.

Por outro lado, Watanabe acrescenta que a construção em 2011 deverá crescer em ritmo menos acelerado do que em 2010, "impulsionada pelos investimentos públicos e privados, pelo PAC 2, pelo Minha Casa, Minha Vida 2 e pelas obras relativas à preparação da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016."

ENTRAVES - Para que o segmento apresente crescimento sustentável, Watanabe destaca dois desafios: contratação de mão de obra qualificada e obtenção de terrenos. "Vamos intensificar a qualificação dos trabalhadores nos cursos do Senai e nos canteiros de obra. Estamos demandando a abertura de novas vagas nas Etecs e Fatecs, e a modernização dos currículos de Engenharia. E precisaremos investir mais em tecnologia, para aumentar a produtividade."

Em relação à escassez de terrenos, principalmente para a construção de habitação de interesse social na cidade de São Paulo, o presidente do SindusCon-SP aponta a necessidade de união de esforços do governo federal, estadual e municipal para equacionar a questão.




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