Ex-prefeito de Ribeirão Pires entre 2005 e 2012, Clóvis Volpi (PSDB) oficializou sua candidatura à Prefeitura de Mauá pela primeira vez com discurso contrário ao atual chefe do Executivo mauaense, Donisete Braga (PT). Na fala, o tucano já lembrou do caso do superfaturamento da compra de almôndegas.

Em tom inflamado, o candidato disse que a cidade se esqueceu dos idosos. “Quanto custa fazer uma praça? Custa menos do que as almôndegas superfaturadas”, disparou, tentando se colocar como prefeiturável da oposição à gestão petista, a despeito de sua amizade com Donisete.

Sobre retomar a vida pública em Mauá, Volpi, que já foi vereador e deputado pela cidade, afirmou ao Diário que, de certa forma, é um sonho ser prefeito da cidade. “Comecei minha carreira aqui, desde garoto fazendo atividade. Na minha vida pública é talvez o que falte”. Ao lado do candidato a vice, Evandro Izidoro (PTN), Volpi defendeu ainda fortalecer a Educação. “O que me dá dó, como ser humano, educador, é que esta cidade tem apenas 40 escolas municipais de Educação Infantil. Quando não se constrói escolas não é só a criança que fica fora, mas o professor, a diretora, o zelador, a faxineira.”

O tucano minimizou o fracasso nas negociações com Márcio Chaves, também oficializado ontem como prefeiturável pelo PSD. Volpi queria o pessedista como vice. “A escolha pelo Evandro foi algo natural, que partiu de uma relação que foi sendo construída na pré-campanha. Desejo sorte ao Márcio e ele a mim.”

Sobre uma possível participação do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na campanha, Volpi apontou que, antes de ser candidato, teve uma conversa com o governo, mas que, como é de praxe, por falta de tempo, acredita que o governador não deve vir fazer a campanha em Mauá.

A atividade de Volpi foi realizada no Clube Independente, com 2.000 pessoas, segundo os organizadores. O prefeiturável fez discurso forte com direito a bateria de escola de samba e clima de festa.