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Rap maduro

Álbum tem seis canções autorais que falam de
sua vivência na Vila Maracanã, em Santo André

Por Vinícius Castelli
09/02/2016 | 07:00
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Divulgação


Arnaldo Tifu segue na árdua batalha da estrada independente. Após trabalhar pesado na divulgação do álbum A Rima Nunca Para – Minha Versão da História, lançado em 2013, o rapper de Santo André tira do bolso agora seu terceiro disco, Dias que Resolvi Cantar (Coletivo Riso, R$ 10, em média). O disco, que está disponível no site do artista (http://arnaldotifu.com), é ilustrado por seis canções autorais que falam, entre outras coisas, de sua vivência na Vila Maracanã, em Santo André, e das experiências que o moldaram como pessoa. “São fotografias mentais, anotações, histórias, poemas e poesias que transformei em rap”, diz. O cantor e compositor vê esse disco como uma trilogia. “Tudo funciona como um plano sequencial. Meu segundo álbum tem algumas versões do meu primeiro, além de algumas inéditas, e este terceiro é como se eu estivesse completando o ciclo com músicas novas”, conta ele, que lançou o trabalho na TV, no Programa Manos e Minas, da TV Cultura.

Maduro, Tifu quebra barreiras musicais e coloca groove em suas composições sem medo de ser feliz. O resultado são interessantes harmonias de contrabaixo e misturas de diversas sonoridades e arranjos, como os instrumentos de sopro. A produção, de primeira, é assinada por Nixon Silva, Bolin e Scott Beats. Já o produtor é Leonardo Marques e Rifu assina a direção-geral da obra. “Acho que conseguimos acertar alguns pontos primordiais e encontramos a sonoridade e intensidade que estávamos buscando para realizar este projeto”, relata o artista.

O repertório conta com faixas como Firme de Pé, um dos destaques. Na canção, o compositor atenta para o fato de não perdermos a fé na vida. Ele conta que a letra nasceu exatamente no momento em que ele estava duvidando da fé. “Escrevi esta música para me ajudar a ajudar outros que estão pensando em desistir de si mesmos. Falo da fé em si, da fé que nos faz levantar e andar. Além de fazer levantar quem não está conseguindo ficar de pé.”

Para Tifu, é importante também que as pessoas prestem atenção e se permitam entrar de fato no universo do disco, na musicalidade, na poesia, na simplicidade e na arte. “Gostaria que tivessem a oportunidade de olhar a capa e sentir a fotografia, viajar nas histórias. Creio que se as pessoas escutarem vão entender o que significam os dias em que resolvi cantar” , conta ele.

Além de músicos que participaram com instrumentos orgânicos, Dias que Resolvi Cantar traz diversas participações especiais, como de Carlus Avonts, Red Lion, Kl Jay, B8, Dudu das Rimas, Mano Gui, Beto Malfatti. “É gente de muito talento, com quem tenho muita amizade. Há verdade envolvida no processo e isto ajudou as músicas a terem um brilho especial”, diz. Tifu, que sempre fez parceria com as mulheres, segue a receita neste álbum e conta com as companhias de Ieda Hills e Stefanie Roberta. “Já trabalhei ao lado de mulheres muito talentosas, como Paola Evangelista e Carol Navarro em discos anteriores a este.”

Foram cerca de seis meses de muito prazer para realizar o novo álbum, mas de muito trabalho também. Tifu conta que tinha algumas guias gravadas para usar como referência. “Algumas letras estavam escritas também, outras tinham o refrão e outras nasceram no improviso.” Até para definir a parte instrumental, ele conta que foi divertido gravar. “Foi prazeroso, inspirador e produtivo trabalhar com a equipe que esteve envolvida, utilizamos muito do aprendizado que tivemos nos discos anteriores”, conclui.




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