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Ministério Público do Trabalho critica eleição no Sindserv de São Bernardo

Acionada pela chapa de oposição a Chagas, instituição contesta falta de publicidade do pleito

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
23/09/2015 | 07:00
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Andréa Iseki/Arquivo DGABC


O MPT (Ministério Público do Trabalho) foi acionado pela chapa de oposição na eleição ao comando do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos de São Bernardo), que acusa a atual diretoria, comandada por Giovani Chagas, de fraudar o processo eletivo para favorecer a candidatura governista. Chagas, que busca a reeleição, nega irregularidades e exalta transparência do pleito, marcado para amanhã e sexta-feira, das 6h30 às 20h.

A chapa 2, liderada por Marcelo Gonçalves Siqueira (servidor da Pasta de Educação), contestou principalmente dois itens da eleição: a demora na entrega de relação dos funcionários públicos aptos ao voto e amplo número de urnas móveis para votação, sem prévia divulgação dos locais e horários.

Conforme regras estatutárias, a eleição tem 20 pontos de votação, sendo apenas um fixo (na sede do Sindserv, no Centro) e 19 transitórios. O site da entidade apresenta agora os endereços de onde ficarão os postos, separados por bairros, mas não informa o horário em que as urnas estarão abertas para os servidores.

“Há preocupação com essas urnas móveis porque dificulta a fiscalização e torna o sistema mais frágil. O MPT crê sempre que eleição democrática preza pela lisura e transparência, com ampla publicidade”, ponderou a promotora Andrea Gondim, que conduz o caso. Ela liderou mesa de conciliação entre as duas chapas para se chegar a um consenso e evitou falar sobre anulação prévia do pleito, até porque, segundo a promotora, regras estatutárias são cumpridas.

A oposição, além de contestar esses fatos da eleição, reclamou da mudança no estatuto do Sindserv. A acusação é a de que Chagas capitaneou troca nas regras em assembleia esvaziada. “Se houver alguma denúncia de irregularidade na eleição, o Ministério Público tem de ser acionado, para posterior abertura de inquérito civil e apuração dos fatos”, adicionou Andrea Gondim.

Chagas rebateu todas as acusações. Afirmou que entregou a representantes da chapa 2 a lista de funcionários aptos a votar na quinta-feira e que fez questão de publicar os locais de votação das urnas móveis, mesmo não sendo obrigação regimental.

Sobre os horários da votação, Chagas disse ser impossível precisar em que horas cada unidade receberá a urna por fatores externos. “Posso começar a votação em uma unidade e, no deslocamento, pegar trânsito e alterar todo o cronograma. É impossível prever isso. Mas haverá representante de cada uma das chapas nos locais de votação e dentro dos carros que transportarão as urnas para constatar a legalidade”, justificou. 




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