Política Titulo Editorial
A questão do lixo
Da redação
25/03/2015 | 07:00
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Aline Pietri/DGABC


O Grande ABC entra hoje no terceiro dia da greve dos coletores de lixo e a população já está sentindo os efeitos da paralisação. Sacos com detritos se espalham pelas cidades, embora o sindicato da categoria diga que apenas 30% dos funcionários aderiram e os prefeitos garantam que colocaram na rua plano de emergência para minimizar transtornos. É preciso encontrar, rapidamente, alternativa para que o direito de reivindicar melhores salários e condições de trabalho não esbarre no bom andamento administrativo dos municípios.

A prerrogativa de o operário cruzar os braços em nome de causa que considera justa é garantida pela Constituição da República, mas a sociedade não deve arcar com as consequências. A coleta de lixo é, mais que simplesmente problema de limpeza, questão de Saúde pública. O acúmulo de detritos nas ruas pode colaborar para o desenvolvimento de vetores de doenças.

Por enquanto, não há previsão sobre a duração da greve. A primeira tentativa de conciliação entra as partes, realizada ontem na sede do Tribunal Regional do Trabalho, na Capital, falhou. Funcionários reivindicam reajuste salarial de 11,73%, enquanto patrões oferecem 7,68%. Com a possibilidade de o impasse se estender por longo prazo, as prefeituras precisam se mobilizar para garantir o recolhimento do lixo. Se o plano B não deu certo, como parece ter sido o caso, necessário reprogramar as ações.

O problema da limpeza urbana é extremamente importante para que os administradores aguardem que se resolva por inércia. Enquanto coletores e empresários do setor discutem a questão trabalhista, os municípios têm de agir para garantir a remoção dos detritos e o asseio das áreas públicas. Algumas cidades do Grande ABC demonstram que, em breve, atingirão ponto crítico. A solução não é simples, mas, por mais complexa que seja, os administradores precisam estar preparados para buscá-la. Rapidamente. 




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