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Carros deverão poluir e consumir menos no futuro
Lucas Tieppo
Especial para o Diário
22/04/2009 | 07:02
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Mesmo em tempos de crise, como o que afeta agora a indústria automobilística, é necessário inovar e investir em novas tecnologias. Esse foi o recado que o Simpósio SAE Brasil de Novas Tecnologias na Indústria Automobilística deixou ao reunir importantes nomes do setor, na última semana, em São Paulo.

"Falam muito da crise, mas nós não podemos deixar de discutir o futuro, as tecnologias e as inovações do setor e o Brasil é um modelo de destaque neste segmento", declarou Besaliel Botelho, presidente da SAE Brasil.

Durante todo o simpósio, montadoras como General Motors, Fiat, Volkswagem e Ford apresentaram seus principais projetos tecnológicos.

Carlos Eugênio Dutra, diretor de planejamento e estratégia de produto da Fiat Automóveis, além de destacar o projeto do Palio elétrico, que deve ter 50 unidades produzidas até 2010, ressaltou a mudança de visão que a montadora vem realizando junto a seus engenheiros. "Nós queremos que nossos engenheiros deixem de pensar somente nos números, tenham olhos de consumidor e passem a realizar projetos que atendam a real necessidade do mercado e que se aproximem do que o consumidor quer. Carros simples, práticos e que funcionem", disse.

Com relação ao Palio elétrico, ele deixou claro que a entrada dele no mercado ainda é inviável. "Sem nenhum imposto, ele seria vendido por R$ 79 mil. Creio que em cinco ou seis anos, o carro elétrico seja viável no Brasil".

O presidente da General Motors, Jaime Ardila, exaltou os projetos dos carros hibrídos e elétricos. "Estes produtos já vêm sendo desenvolvidos nos últimos quatro anos, o que mostra que a preocupação da montadora com a sua reestruturação já se iniciou muito antes da crise".

Ardila destacou que atualmente a GM vem trabalhando na primeira geração de veículos híbridos e elétricos, com oito projetos, incluindo o elétrico Volt, que deve ser lançado em 2010. "Para 2012, prevemos o lançamento da geração 2 dos híbridos e, em 2015, os carros movidos a célula a combustível. Lembrando que nós não esperamos lucros com a primeira geração de carros híbridos", concluiu Ardila.

José Luiz Loureiro, gerente executivo de engenharia de veículos da Volkswagen, apresentou o conceito BlueMotion, utilizado atualmente no Polo, que propõe menores emissões e consumo. "Nós mostramos para o mercado que é possível produzir um carro mais econômico. A tecnologia está disponível no mercado", ressaltou. (Supervisão Sueli Osório)




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