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Pedro Bandeira lança A Droga da Amizade
Caroline Ropero
Do Diário do Grande ABC
28/09/2014 | 07:00
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Quem leu A Droga da Obediência e demais livros da coleção Os Karas vai ficar animado com a novidade. O autor Pedro Bandeira escreveu o desfecho da história de Miguel, Chumbinho, Calu, Crânio e Magrí em A Droga da Amizade (Editora Moderna, 168 págs., R$ 41).

“A insistência de meus leitores por mais aventuras com eles nunca parou de crescer ao longo do tempo”, conta o escritor, que levou mais de dez anos para encontrar o enredo perfeito. “As comodidades da vida mudaram muito desde o lançamento dos cinco primeiros livros (o primeiro foi publicado em 1984), quando ainda não havia computador, internet e telefone celular. Era difícil criar nova aventura em pleno século 21.”

Na nova trama, o autor descobre como surgiram os Karas, como se conheceram e o que teria acontecido com cada um ao longo dos anos. Como de costume, há também muita aventura, mistério e surpresas.

Confira a entrevista completa com Pedro Bandeira abaixo.

D+ - Por que lançar mais um livro dos Karas?

Pedro - Porque a insistência de meus leitores por mais aventuras com eles nunca parou de crescer ao longo do tempo. Mas, como as comodidades da vida mudaram muito desde o lançamento dos cinco primeiros livros, quando ainda não havia computador pessoal, Internet nem telefone celular, estava difícil criar uma nova aventura em pleno século XXI, sem que os personagens se utilizassem dessas modernidades. Muito tentei ao longo de mais de dez anos, e só agora, em 2014, consegui chegar a uma boa solução para a trama.

D+ - Como veio a inspiração para a história de A Droga da Amizade?

Pedro - Como comecei e abandonei várias ideias e enredos ao longo de mais de dez anos de tentativas, as inspirações foram várias! Nem sei quantas “inspirações” abandonei ao longo do caminho... Só consegui me decidir quando pensei: se meus personagens tinham aí pelos 12, 13 ou 14 anos quando a série começou, há 30 anos, eles agora teriam mais de 40, não é? Em que teriam se tornado, então? O que teriam realizado? Com quem teriam se casado? Teriam filhos? Ufa! Apresentar respostas a essas perguntas foi a solução que encontrei. Será que meus leitores vão concordar comigo? Vão concordar com o marido que afinal a Magrí escolheu?

D+ - Você se parece com algum integrante dos Karas? Quais características?

Pedro - Os Karas, somados, são o meu sonho de adolescente perfeito: cada um dos meus leitores tem a seriedade e o espírito de liderança do Miguel, tem o charme e o talento de Calu, tem a beleza, a coragem e a agilidade da Magrí, tem a inteligência do Crânio e tem o humor e a alegria do Chumbinho. Talvez minha maneira de ser esteja refletida nas características do Detetive Andrade, sempre tentando superproteger os seus “meninos”. Mas eu não sou tão guloso como ele e ainda não estou tão careca!

D+ - Qual é a sensação de saber que suas histórias fizeram parte da infância de muitas crianças, sendo que muitas delas criaram gosto pela leitura com seus livros?

Pedro - Esta sempre foi minha intenção. Fui “fisgado” para a leitura pelo prazer que tive ao ler, em criança, aventuras criadas por escritores maravilhosos como Robert Louis Stevenson, Mark Twain, Rafael Sabatini, Alexandre Dumas, Victor Hugo, Agatha Christie, Conan Doyle, Charles Dickens, Edgar Rice Burroughs e tantos outros. Assim, ao profissionalizar-me como escritor, meus espelhos são autores como esses, os caminhos que eu trilho foram abertos por eles. E minha sensação, minha alegria, minha realização, acontecem quando recebo uma carta ou um e-mail com frases como esta: “Pedro, eu detestava ler, mas, depois de ler um livro seu, apaixonei-me pela leitura”. Quer alegria maior do que esta?

D+ - Na sua juventude você gostava de ler?

Pedro - Como declarei acima, a leitura sempre foi meu prato de feijão, minha torta de maçã coberta com chantili. Foi meu cobertor, foi o lenço que enxugou minha lágrima, foi meu arco-íris após uma tempestade. Literatura, para mim, é o colo em letra de fôrma.

D+ - Teve algum livro que te motivou a entrar no mundo da literatura?

Pedro - Um só livro?! Bem, você quer algum se simbolize todos eles? Vamos lá: “Dom Quixote de La Mancha”.

D+ - Qual é o seu autor favorito?

Pedro - Um só de novo? Vamos aos símbolos: William Shakespeare, Machado de Assis e Fernando Pessoa. Além de mais uns 500 e poucos, é claro! 




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