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Produção de celulares sinaliza retomada

Maior confiança do consumidor na estabilização da economia tem elevado níveis de fabricação dos aparelhos

06/08/2009 | 07:00
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A perspectiva de retomada mais consistente das vendas destinadas ao mercado interno no segundo semestre levou a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) a revisar para 62 milhões a previsão de produção de celulares em 2009, ante estimativa de 52 milhões anunciada no início do ano. A retração na fabricação dos aparelhos em relação ao ano passado deverá ser de 15%, contra 29% da avaliação anterior da Abinee.

Do total produzido, 42 milhões serão destinados ao mercado interno, o que representará aproximadamente 68% dos celulares fabricados no País. Essa é a maior participação registrada desde 2004. "A previsão dos fabricantes no início do ano era produzir 33 milhões de aparelhos para o Brasil neste ano. Mas a retomada mais consistente das encomendas à indústria a partir de maio, com a recomposição dos estoques, e as vendas de junho e julho nos obrigaram a rever esse cenário", afirmou o presidente da Abinee,Humberto Barbato.

A retomada da confiança, que está levando os consumidores novamente às compras, é a principal razão para a revisão. Outro fator que contribui para a perspectiva de aceleração das vendas no segundo semestre em relação ao primeiro é a desvalorização do dólar, que recuou mais de 21% frente ao real desde janeiro. "Como a maioria dos componentes utilizados na fabricação dos celulares é importada, a queda da moeda norte-americana está reduzindo os preços dos aparelhos produzidos para atender à demanda do fim do ano", destacou.

O executivo salienta, porém, que as vendas estão sendo puxadas por celulares menos sofisticados, com preços mais baixos. Diante desse comportamento do consumidor, as importações de aparelhos - que desembarcam no País com tecnologia, em alguns casos, mais avançada em relação aos produtos nacionais - devem recuar 30% neste ano, para 5 milhões de unidades.

Com a retomada da produção, mesmo que em patamares inferiores aos do ano passado, o emprego no setor de eletroeletrônicos já retomou o sinal positivo em junho - com a primeira adição de vagas do ano, de 160 empregos, puxada por telecomunicações e informática. De acordo com a Abinee, de outubro do ano passado até maio, o setor perdeu 10,1 mil postos. Apenas de janeiro a junho, a retração chegou a 6.700 postos diretos de trabalho.




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