Economia Titulo 'Minha casa, minha vida'
Santo André quer aprovar 4,4 mil residências em agosto

Município foi o 1º da região a entregar projetos do
programa do governo federal 'Minha Casa, Minha Vida'

Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
06/08/2009 | 07:00
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Até o fim do mês, a Prefeitura de Santo André prevê que 4.400 imóveis tenham sido aprovados no projeto Minha casa, minha vida, do governo federal. Diante dessa perspectiva, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Santo André, Frederico Muraro Filho, disse que a cidade tem levado em consideração uma série de fatores, priorizando, inclusive, os projetos de mais fácil execução.

Segundo ele, já existem 44 mil inscritos para a compra subsidiada desses imóveis - e até o dia 21, por meio do site da Prefeitura, ainda será possível se candidatar.

Entretanto, o déficit habitacional do município com o qual o governo federal trabalha é o de 2005, em que constam 20 mil famílias. "Esperamos que em no máximo três meses o governo defina qual o número de moradias está previsto para a cidade", afirmou Filho. A promessa do programa é de suprir 10% do total. Ou seja, sendo assim, Santo André já teria superado os 2.000 de sua cota.

"Estamos cientes disso. E é por esse motivo que estamos nos antecipando. Nossa missão é viabilizar projetos competitivos (quanto menor for seu custo, maior a chance de tê-lo aprovado em uma situação de excessão), pois quanto mais rápido fizermos isso maiores serão as nossas chances de construir mais moradias. O objetivo é ter projetos sobrando".

Segundo o secretário, até o final do mês, a expectativa é de que 4.000 imóveis façam parte do Minha Casa, Minha Vida. Ele afirma que todas as possibilidades estão sendo consideradas. Inclusive as de quem oferecer menor custo para a construção.

Santo André foi a primeira na Região Metropolitana a entregar projetos dentro do programa do governo para a construção de imóveis voltados a quem ganha de zero a três salários mínimos - de R$ 465 a R$ 1.395.

Está prevista a construção de 2.200 unidades com valores individuais de até R$ 52 mil, o que significa investimento de R$ 115 mil no município. Os locais previstos para a construção das primeiras moradias são: Avenida do Estado, Rua Carijós, Estrada dos Vianas e bairros Cata Preta e Cidade São Jorge.

Conforme explicou o secretário, terá prioridade na compra desses imóveis quem, além de ter renda até R$ 1.395, tiver família mais numerosa e morar em área de risco no município.

Embora ainda não tenham sido divulgados os nomes das construtoras, a expectativa é que as obras se iniciem até o final do ano.

São 6.000 unidades de até R$ 130 mil em andamento na região

No programa Minha Casa, Minha Vida, os contemplados para a compra dos imóveis vão pagar mensalmente 10% de seus salários, que variam entre zero e R$ 1.395 - a partir de R$ 50 -, durante 10 anos.

Já aqueles que têm renda familiar entre R$ 1.395 até R$ 4.650, terão de pagar o valor integral precificado pela construtora, que neste caso não terá vínculo com as prefeituras, apenas terá de ser aprovado pela Caixa Econômica Federal e construir moradias de até R$ 130 mil. O valor, no entanto, poderá ser financiado em até 100%. "Tudo depente do prazo de financiamento. O mais importante é o imóvel ser novo, com registro a partir de 26 de março deste ano."

Segundo Leomar Antonuci, gerente regional de negócios para a construção civil da Caixa, existem cerca de seis mil unidades aprovadas ou em análise no Grande ABC dentro dessa faixa de preço.

"Mesmo antes do programa já existia na região uma necessidade de empreendimentos voltados a pessoas com renda familiar entre três e dez salários mínimos", afirmou Antonuci.

O programa Minha Casa, Minha Vida prevê atender a demanda de um milhão de moradias no País. Dela, apenas 25% estão voltadas para quem ganha até três salários mínimos - 400 mil. O restante é para que tem renda a partir de R$ 1.396. Ainda não foi definida a quantidade a ser construída na região.




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