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RJ cria comitê de combate ao uso de crack por crianças
24/04/2009 | 19:31
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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, instalou nesta sexta-feira o Comitê de Combate ao Uso do Crack e à Prostituição Infantil, que reúne integrantes dos governos municipal, estadual e federal, além de deputados estaduais, vereadores e o Ministério Público. No primeiro encontro, no Palácio da Cidade, foram discutidas propostas como organização de operações nas chamadas cracolândias e pontos de exploração sexual infantil e criação de abrigos para adolescentes dependentes da droga.

De acordo com dados da Secretaria municipal de Assistência Social, o último mapeamento, de 2008, revelou que cerca de 400 crianças e adolescentes vivem nas ruas e 90% delas são viciadas em crack. Nas primeiras passagens desses meninos e meninas, anos atrás, pelos abrigos da prefeitura, eles não consumiam essa droga - usavam solvente e cola de sapateiro.

"Esse é um problema que assola a cidade há algum tempo e não se tem uma resposta concreta porque são ações desencontradas. A ideia desse comitê é integrar as ações", defendeu Paes, que estabeleceu prazo de 30 dias para que o grupo apresente as primeiras sugestões de atuação.

O secretário de Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, informou que o órgão fará operações em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública para inibir as cracolândias. "São locais em que, além de se vender a droga, os criminosos montam estrutura para que a exploração sexual ocorra. A Secretaria de Assistência Social já mapeou esses pontos", afirmou.

Outra iniciativa ficará por conta da Secretaria de Municipal de Saúde. Os agentes comunitários que trabalham nos Postos de Saúde da Família vão identificar situações de risco que podem levar as crianças para as ruas. A ideia é que a Secretaria de Assistência Social possa intervir antes que essas crianças deixem seus lares.

De acordo com o secretário de Saúde, Hans Dohmann, o número de crianças que vive nas ruas e precisa de internação para se livrar do vício é muito alto. "A droga é devastadora e essas crianças precisam ainda de cuidados mais amplos que o vício em si. Cuidados que dependem da estrutura de hospitais gerais. Ainda vamos estudar como esse atendimento será feito".




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