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Lula puxa coro na região pró-Padilha

Líder petista intensifica campanha do berço do partido; cúpula tentava cruzar agenda com Dilma

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
23/09/2014 | 07:06
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Ricardo Trida/DGABC


Depois de 50 dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volta a fazer campanha eleitoral para o candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, no Grande ABC, considerado berço do petismo. O líder do partido fará comício amanhã ao lado do afilhado político em Mauá e em Santo André, duas cidades governadas por petistas. O ato tem como tentativa colar a imagem do cacique ao do ex-ministro da Saúde na reta final da corrida pelo voto. A última atividade foi em São Bernardo, na porta de fábrica da montadora Ford.

A cúpula da legenda se esforça para transferir popularidade para a campanha de Padilha, que debuta em disputa por cargo eletivo e escolhido por Lula sem utilizar o mecanismo de prévia interna. O postulante à sucessão de Geraldo Alckmin (PSDB) ainda patina na concorrência ao não alcançar patamar tradicional do PT, entre 20% e 25% de intenção de voto. O ex-ministro está na terceira colocação na pesquisa Datafolha, com 9% de preferência, atrás do tucano, com 49%, e do presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB), com 22%.

Diante do cenário desfavorável, a proposta é intensificar agenda no chamado ‘cinturão vermelho’, região da Grande São Paulo, incluindo o Grande ABC, onde o PT conta com prefeituras importantes no comando e de grande densidade eleitoral, como Guarulhos, Osasco, São Bernardo, Santo André e Mauá, com mais de 3 milhões de eleitores. Mesmo ‘em casa’, Padilha não decolou conforme planejado pela coordenação, o que na própria visão de petistas tem atrapalhado a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em São Paulo.

A expectativa das lideranças do PT era que Dilma também estivesse na agenda, porém ela viajou para Nova York, onde discursa na Assembleia geral da ONU (Organização das Nações Unidas) para falar, especialmente, sobre plano de combate à fome. O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), minimizou a ausência da presidente na atividade, afirmando que o PT “é o único partido” que faz campanha “com ou sem candidato”. “A grande diferença para os outros é a militância”, sintetizou.




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