Política Titulo Fundação Sto.André
Sem protagonistas, debate fica morno e com discursos voltados à esquerda

Nanicos, Sena, Natalini e Farias também não pouparam críticas ao PSDB

Renato Gerbelli
Especial para o Diário
19/09/2014 | 07:54
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Sem a presença dos principais candidatos ao governo de São Paulo – Geraldo Alckmin (PSDB), Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT) –, o debate promovido pela Fundação Santo André realizado ontem, na Câmara andreense, foi morno e sem muita propostas apresentadas ao Estado e nenhuma ao Grande ABC.

O evento contou com participações de Gilberto Natalini (PV), Wagner Farias (PCB), Raimundo Sena (PCO), além de Ricardo Alvarez (Psol), representando Gilberto Maringoni (Psol), e Eduardo Tadeu (PT), substituindo Alexandre Padilha. O discurso deles ficou voltado à esquerda.
Farias, Sena e Alvarez bateram muito na tecla da estatização dos serviços públicos e do “fim do interesse do lucro sobre os serviços fundamentais para a vida”.

Os postulantes presentes no debate também aproveitaram a falta de representantes do PSDB para criticar a gestão que há 20 anos está no governo de São Paulo. As questões colocadas pelos candidatos foram a crise hídrica, o aumento da criminalidade no Estado e despoluição dos rios Tietê e Pinheiros.

Outro ponto que contribuiu para o debate ficar sem muita emoção foi a restrição das perguntas de candidato para candidato. Os postulantes ao governo do Estado só responderam perguntas formuladas pelos alunos de Direito da Fundação Santo André e pelo público presente, que quase lotou o plenário.

Único momento em que o debate ficou mais quente foi quando Farias e Natalini trocaram farpas. O comunista opinou que “ligar o capitalismo à sustentabilidade é uma piada”, enquanto o verde se defendeu, dizendo que o comunismo criou várias usinas nucleares na época da União Soviética, como a de Chernobil, que contaminou parte da região da atual Ucrânia. O verde completou discorrendo que a “sustentabilidade supera a questão ideológica”.

Já nas considerações finais, Farias afirmou “que no discurso tudo é bonito” e que o PV dirigiu a Secretaria de Meio Ambiente do governo Alckmin, pouco executando na questão da sustentabilidade.

A descriminalização das drogas também foi tema de discussão. Enquanto Sena, Natalini, Farias e Alvarez defenderam a liberação, o representante do PT se esquivou da polêmica.

No fim do debate, os candidatos e representantes elogiaram o evento e criticaram os partidos que não estavam presentes.




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