Palavra do Leitor Titulo Artigo
Por um fim no ciclo de luto

Há 24 anos, era identificada no Cemitério de Perus, em São Paulo, uma vala clandestina composta por 1.500 sacos plásticos com os restos mortais de pessoas

Por Do Diário do Grande ABC
04/09/2014 | 08:49
Compartilhar notícia


Artigo

Há 24 anos, era identificada no Cemitério de Perus, em São Paulo, uma vala clandestina composta por 1.500 sacos plásticos com os restos mortais de pessoas sepultadas sem registro durante o regime militar. A descoberta comoveu o País: brasileiros com histórias de vida e sonhos haviam sido transformados em sombra pelo Estado que os devia proteger, um desaparecimento forçado que convenções internacionais descrevem como um crime de natureza continuada.

Para responder às famílias, também elas vítimas indiretas da violência estatal, a análise dos restos mortais de Perus está sendo retomada. Desde julho, profissionais contratados pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República sistematizam dados sobre a vala, recorrendo a arquivos pessoais e documentos para identificar possíveis vítimas. Após dois meses, essa equipe apresenta hoje conclusões parciais.

Neste sentido, é obrigação do Estado resgatar a história dos opositores políticos, moradores das periferias e indigentes aos quais foi imposto o desaparecimento forçado. Além de revelar a memória de suas vidas e a verdade de suas mortes, tal resgate é fundamental para garantir que o desaparecimento forçado de pessoas e a criação de sepulturas clandestinas jamais voltem a ser política de Estado. Na literatura sobre o tema, isso é conhecido como a garantia da não repetição. E isto vale não apenas para períodos de regimes autoritários. Em abril deste ano, houve a descoberta de cerca de 3.000 pessoas com identificação enterradas como indigentes 14 anos antes, num ato de desrespeito a milhares de familiares e amigos que esperariam eternamente, em vão, notícias de seus entes queridos.

Sintomaticamente, a retomada dos trabalhos de análises das ossadas encontradas – realizados em parceria com a sociedade civil, instituições acadêmicas e outros órgãos governamentais – ocorre dias após o sepultamento de Epaminondas Gomes de Oliveira. Morto durante a Guerrilha do Araguaia, o sapateiro foi identificado e sepultado em Porto Franco, Maranhão, 43 anos depois de seu desaparecimento.

Ainda hoje a história de muitos desses nossos heróis segue anônima. Descobertas como essas servem como um alento: mais do que os restos mortais das pessoas desaparecidas, é preciso resgatar as vivas verdades ainda ocultas pelo longo período de escuridão. Nós queremos contá-las. Para que nunca mais se esqueça. Para que nunca mais aconteça.

Ideli Salvatti é ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Palavra do leitor

Sem rumo
A santa até agora não explicou o imbróglio com o avião que utilizava. O playboy também, com o aeroporto nas terras de titio. A gerentona não pilota nem fogão.Por favor, senhores eleitores, dirijam-se para embarque no voo cego das próximas eleições.
Nelson Mendes
São Bernardo

Realidade
E então Pilatos perguntou para a multidão: ‘Quem eu liberto?’ O povão clamava: ‘A Barrabás, o ladrão!’ E é assim que por mais de 2.000 anos o povão continua escolhendo os ladrões.
Breno Reginaldo Silva
Santo André

IAPI e AES
Estou denunciando o descaso com que a AES Eletropaulo trata o IAPI, bairro histórico de operários e gente de bem de Santo André. Resido no local há 59 anos e não me recordo de ter visto a concessionária fazer manutenção preventiva, como troca de cabos, transformadores e tudo que gira em torno da energia elétrica. Já é praxe ficarmos sem energia a qualquer hora. A única coisa que vemos da empresa são os caminhões de emergência e o entregador de conta. Aliás, essa não falta nunca. Não necessitamos de respostas padrões. Declinamos. Precisamos de vistoria técnica com ações corretivas, assim o atendimento emergencial será reduzido. Com a palavra, a AES Eletropaulo. Ou será silêncio?
Roberto Gomes da Silva
Santo André

Obrigado à PM
Na condição de representante das crianças durante 30 anos e de caráter exclusivamente voluntário, por meio do SVAC (Serviço Voluntário de Apoio à Criança), registro meus sinceros agradecimentos pelo apoio oferecido pelo CPA-M6 e 10° BPMM da Polícia Militar, na responsabilidade dos comandantes e aos policiais militares sargento Gavioli, cabo Valuto, soldado Souza e à Rocam, pela brilhante atuação durante escolta realizada a nossas crianças em passeio educativo e recreativo no Dia de Princesa oferecido a uma criança e demais amiguinhos. Atuação esta que demonstrou notável desempenho diante do fluxo de veículos e pessoas, preservando-se as integridades moral e física de nossos pequeninos. Que os senhores sejam merecedores do mérito da felicidade e da graça de Deus.
Edson Campelo
Santo André

Resposta
Em resposta à carta do leitor João Aletto Filho (Buraco, dia 26), a Prefeitura de Mauá informa que os serviços de manutenção na esquina das ruas Alvares Machado e Manoel Pedro Junior, na região central da cidade, estão dentro da programação das secretarias de Serviços Urbanos e Mobilidade Urbana e devem ser realizados dentro de 15 dias.
Prefeitura de Mauá

Sem amor
A Prefeitura de Mauá não ama os moradores da Vila Noêmia. Não bastasse a vila ficar isolada nos horários de pico, os moradores da Rua José Cesário Mendes não conseguem estacionar seus carros em frente de suas casas, pois a rua virou estacionamento privativo de construtora. Os habitantes desta mesma rua não conseguem sair de suas casas e fazer qualquer coisa, pois ocorre bloqueio do bairro todos os dias. E a Secretaria de (i)Mobilidade Urbana não toma nenhuma providências, mesmo em face de muitas reclamações. Em certos horários fica impossível aos automóveis e pedestres atravessar a Rua Francisco Ortega Escobar, onde já ocorreram diversos atropelamentos, e por milagre não há mortes de pessoas, ao menos uma por dia.
Edson Bueno de Camargo
Mauá 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;