Setecidades Titulo Tabagismo
Lei Antifumo aplica
206 multas em 5 anos

Grande ABC foi a quarta região de todo o
Estado com o maior número de infrações

Por Natália Fernandjes
Yara Ferraz
30/08/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A Lei Antifumo Paulista, que estabelece que as pessoas não podem fumar em lugares fechados, completou cinco anos ontem, Dia Nacional do Combate ao Fumo. No período, o Grande ABC registrou 206 infrações, sendo a quarta região que contabilizou o maior número de multas.

A Capital foi a primeira do ranking, com 847 multas. Em seguida está a Baixada Santista, com 327, e Campinas, com 220. Em todo o Estado foram aplicadas 2.854 multas.

O pneumologista e coordenador do Ambulatório de Combate ao Tabagismo da Faculdade de Medicina do ABC, Adriano Guazzelli, destaca que apesar de ter sido criada para proteger os não fumantes, a Lei Antifumo tem como efeito colateral a redução do número de fumantes. “É uma motivação a mais para que as pessoas abandonem o cigarro porque não podem mais fumar em qualquer lugar”, comenta.

Já o analista de tráfego de São Bernardo Carlos Eduardo Lisboa, 30 anos, acredita que não há impacto no hábito de fumar. “Não creio que influencie na diminuição dos fumantes, já que quem vai fumar faz isso fora dos estabelecimentos ou mesmo escondido, por influência de outras pessoas.”

Ele consome cigarros há 20 anos e acredita que a lei fez grande diferença para os não fumantes. “Antes, fumava-se em shoppings, cinemas, bares, sem se preocupar com o restante dos frequentadores desses espaços. O cheiro de cigarro incomoda muito, além de fazer mal, transformando as outras pessoas em fumantes passivos. Acho, inclusive, que todos os estabelecimentos precisam de uma área na parte de fora que seja destinada somente aos fumantes.”

O pneumologista destaca que o cigarro é a maior causa de morte evitável do mundo, por isso a necessidade de ações que tenham impacto na diminuição do tabagismo. “A educação e a informação são as principais armas. É nas crianças que devemos investir mais porque quando elas aprendem na escola que o cigarro faz mal, pressionam os pais a parar de fumar”, destaca Guazzelli.

Atualmente, o Ambulatório de Combate ao Tabagismo atende 40 pessoas. O tratamento tem duração de um ano e, segundo o médico, metade dos pacientes que seguem até o fim consegue parar. “O mais difícil é aprender a viver sem o cigarro, porque o fumante acha que o tem como companheiro, acredita que acalma.” 




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