"Recebemos um ofício do Daee no dia 1º de agosto determinando a manutenção da vazão do Jaguari em 10 metros cúbicos por segundo (m3/s). No mesmo dia demos ciência ao Operador Nacional do Sistema (ONS) requerendo que o operador implementasse aquilo que foi determinado pelo Daee. No primeiro momento, o operador não aceitou esta posição e na terça-feira (5/8) recebemos um segundo ofício dizendo que o abastecimento humano estava comprometido na região do Jaguari. Então, em cumprimento da lei, implantamos a determinação do Daee e notificamos o operador no mesmo dia", sintetizou Martins.
A decisão provocou "certo desconforto" entre a Cesp e o ONS, confirma o executivo, mas o tema, na visão da estatal paulista, já está resolvido desde a segunda-feira, dia 18. Na oportunidade, representantes de diferentes órgãos do governo federal e do governo de São Paulo chegaram a um consenso sobre o tema.
Conforme noticiado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, naquele dia, ficou acordado que a vazão do Rio Jaguari subiria de 10 m3/s para 43 m3/s. A vazão do Rio Paraibuna, sob gestão federal, cairia de 80 m3/s para 47 m3/s. Além disso, ficou estabelecido que o volume de água que chegará à barragem de Santa Cecília, no Rio de Janeiro, será reduzido de 165 m3/s para 160 m3/s a partir de 10 de setembro.
Hoje, explica o executivo, a vazão do Jaguari está em 42 m3/s. Já a vazão do Paraibuna está em 49 m3/s, totalizando assim um montante de 91 m3/s. "Por conveniência elétrica, volume de água necessária para gerar energia elétrica", disse. "E agora vamos ter um acompanhamento mais equilibrado em relação aos dois reservatórios", complementou.
Questionado se a Cesp sofreu qualquer tipo de penalidade por contrariar a determinação do ONS em relação ao nível de vazão do Jaguari, Martins afirmou que a estatal paulista não sofreu qualquer punição.
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