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Reali luta por êxito sem presença de padrinho político

Filippi não tem comparecido em atividades de campanha de seu pupilo no PT de Diadema

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
18/08/2014 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Candidato a deputado federal, o ex-prefeito de Diadema Mário Reali (PT) busca, em outubro, nova etapa em sua carreira política, novamente com deficiência em sua campanha: a ausência de seu padrinho político, o também ex-prefeito José de Filippi Júnior.

Com limitações em sua agenda, já que comanda a Secretaria de Saúde da Capital, Filippi pouco tem atuado como cabo eleitoral de seu pupilo, repetindo assim atuação na sucessão municipal de 2012.

Na ocasião, Reali, que buscava a reeleição, não pôde contar com a presença maciça de seu padrinho em seu palanque e viu seu sonho de comandar Diadema por mais quatro anos acabar ao ser derrotado por Lauro Michels (PV). Filippi, então deputado federal, comparecia a raras ações eleitorais aos fins de semana.

Sobre a situação, o candidato admite “limitação de Filippi” em sua agenda de atividade, mas nega distanciamento. “O Filippi sempre me apoiou, mas ele tem restrições, por conta de seu trabalho na Secretaria de Saúde. Mesmo assim conversamos bastante e tentamos casar a agenda”, explicou.

Desde o início da campanha, Filippi esteve em poucas atividades, como a plenária de lançamento. “Ele é fundamental em minha campanha e já registrou sua presença. O mais importante é a sintonia que temos”, argumentou Reali.

Sua presença é considerada preponderante pela militância petista, com objetivo de garantir a eleição de Reali na Câmara dos Deputados. Em 2010, Filippi angariou 149.525 votos e foi eleito deputado federal.

HISTÓRICO
Lançado por Filippi, então prefeito de Diadema, como candidato a deputado estadual na eleição de 2002, Reali sempre teve a presença do padrinho na busca por votos. O trabalho em conjunto rendeu duas vitórias consecutivas a Reali na Assembleia Legislativa, em 2002 e 2006.

O ápice da sintonia aconteceu em 2008, quando Filippi foi o grande articulador da candidatura de Reali como seu sucessor à Prefeitura. Fez discursos inflamados de apoio ao pupilo, garantindo assim vitória esmagadora em primeiro turno sobre o rival José Augusto da Silva Ramos (PSDB).




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