Já imaginou viver incríveis aventuras, morar em um castelo, enfrentar dragões e fazer magia? Tudo isso é possível no mundo da literatura. Tem opções para todos os gostos na 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, entre 22 e 31 de agosto, das 9h às 22h (sábado e domingo a partir das 10h).

A feira traz lançamentos das principais editoras e palestras de escritores nacionais e internacionais. O espaço é enorme, com muitos estandes e novidades.

O primeiro evento literário no País, realizado pela Câmara Brasileira do Livro, ocorreu em 1951 e foi inspirado nas feiras da Europa. Em 1970 surgiu a 1ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

O objetivo era despertar o interesse pela leitura, que é muito importante em todas as fases da vida. É por meio dos livros que aprendemos novas palavras, desenvolvemos a interpretação e adquirimos boas ideias para escrever uma redação.

O hábito de ler começa em casa, na escola ou frequentando a biblioteca. “Temos de valorizar a leitura. Estamos na era da tecnologia, mas todos ainda precisam de livros”, lembra o escritor Ziraldo, conhecido por criar O Menino Maluquinho.

No entanto, os brasileiros ainda leem pouco. Segundo pesquisa do Instituto Pró-Livro, de 2011, a maioria das pessoas prefere assistir à TV, escutar música e descansar no tempo livre. A leitura ocupa o sétimo lugar como lazer preferido. Para mudar esse quadro, tem de lembrar que os livros são ótimos companheiros de aventuras.

Confira nesta página alguns dos lançamentos da feira. A 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo ocorre no Pavilhão de Exposições do Anhembi (Av. Olavo Fontoura, 1.209), em São Paulo. Ingressos: R$ 6 a R$ 14.

Consultoria de Mansur Bassit, diretor executivo da Câmara Brasileira do Livro

Prepare-se para o passeio

A Bienal Internacional do Livro é muito grande e terá cerca de 480 expositores. Com tanta coisa para ver, é preciso se programar. Antes de ir, confira o que vai rolar no www.bienaldolivrosp.com.br. Veja quais editoras e autores deseja conhecer, em quais locais estarão e se quer assistir aos espetáculos oferecidos pelo Sesc (saiba mais na página 6).

No site há também explicações sobre como chegar ao local de carro ou de transporte público. Aos sábados e domingos, tem ônibus gratuito que sai das estações Tietê e Barra Funda.

Para curtir a feira, é importante se preparar para as horas que passará caminhando, pois o pavilhão é muito grande. Então, lembre-se de vestir roupas e sapatos confortáveis. O ideal é levar mochilas leves e pequenas.

No local, há praça de alimentação. No entanto, vale a pena levar lanche para economizar e evitar filas quando tiver fome. Não esqueça a garrafa de água, pois você deverá suar bastante e precisará se hidratar.

Veja alguns dos lançamentos

Nem toda menina quer morar em um castelo. Algumas preferem ser guerreiras, jogadoras de futebol ou caçadoras de fantasmas. Por isso, Blandina Franco decidiu escrever Este Não é um Livro de Princesas (Editora Peirópolis, 40 págs., R$ 38), que fala sobre uma menina como as outras, com sonhos e vontades comuns da infância. “A função do livro é divertir, mostrar coisas novas, mundos novos”, diz a autora, que não tinha vontade de ser princesa. “Era muito mais legal subir em árvore, correr pela grama e fazer bagunça.” Por meio de ilustrações criadas com tecido de estopa bordado, o livro ensina que não importa a cor ou o tipo do cabelo, se é ou não uma princesa. O que vale mesmo é ser feliz.

Diário de um Banana - Maré de Azar (Editora V&R, 224 págs., R$ 34,90) é o oitavo volume da série do escritor norte-americano Jeff Kinney. Depois que Rowley começou a namorar, Greg tentou fazer novos amigos. Ao perceber como a tarefa é difícil, passou a tomar decisões de acordo com a sorte. A série é um dos maiores sucessos infantojuvenis e tem mais de 75 milhões de exemplares vendidos no mundo.

Bia Não Quer Dormir (Editora Rocco, 32 págs., R$ 27,50) é a segunda publicação infantil de Thalita Rebouças. O livro conta a história de Bia, uma garota esperta e muito curiosa que não consegue dormir. Quando sua madrinha sugere que ela conte carneirinhos, o problema torna-se ainda mais complicado. A menina quer saber que carneirinhos são esses, quantos ela precisa contar e onde eles vivem. Até descobrir todas as respostas, será quase impossível pegar no sono. Para criar a história, Thalita se inspirou em sua afilhada, que também é bastante perguntadeira. A escritora é conhecida pelas obras de literatura juvenil e já vendeu mais de 1,4 milhão de livros. Dá para conhecê-la na Bienal Internacional do Livro nos dias 23 e 30, às 13h, 24, às 14h, e 31, às 11h, no estande da Editora Rocco.

Um Menino Chamado Raddysson e Mais os Meninos de Portinari (Editora Melhoramentos, 40 págs., R$ 39) é o novo trabalho de Ziraldo, criador de O Menino Maluquinho. O livro conta a história de duas crianças que moravam na rua, mas conseguiram encontrar um lar e uma profissão ao usar seus talentos. No caso da garota Rosykeller, os livros a ajudaram a ter um final feliz. “Retrata a realidade”, diz o autor, que se inspirou nas obras de Cândido Portinari para ilustrar o livro. “Ele sempre fez pinturas sociais e retratou as crianças”.

Começo, Meio e Fim (Frei Betto, Editora Rocco, 36 págs., R$ 29,50) conta a história de uma garotinha que sempre associa as pessoas a algum tipo de comida. O rosto de seu pai, por exemplo, parecia uma maça caramelada, mas, no dia em que seu avô ficou doente, todos estavam com cara de bolo solado. Ao longo do tempo, a menina aprende sobre o ciclo da vida, e que tudo e todos têm um fim. O autor Frei Betto acredita que é importante falar de morte, pois nunca sabemos quando pode acontecer, e que a literatura é a melhor maneira de ensinar sobre os limites da vida.