Os prefeitos do Grande ABC lamentaram a tragédia envolvendo o presidenciável Eduardo Campos (PSB), morto ontem após acidente aéreo, em Santos. Para os chefes dos Executivos da região, a interrupção precoce da carreira política do socialista surpreendeu o País.

Carlos Grana (PT), de Santo André, não hesitou em afirmar que Eduardo ainda “viria a ser presidente da República”. “Ele era jovem que não chegou à toa no patamar que estava hoje. Eu o conhecia, era muito simpático e carismático. Uma perda para a política brasileira”, frisou o petista, que decretou luto oficial de três dias na cidade.

Coordenador do projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em São Paulo, Luiz Marinho (PT), de São Bernardo, destacou a perda de “um dos mais talentosos e promissores políticos” do Brasil. “Nesse momento de dor, me solidarizo com todos que viam em Eduardo exemplo de político a ser admirado e seguido”.

Por nota, Paulo Pinheiro (PMDB), de São Caetano, ressaltou a “perda imensurável para o debate político nacional”, pela “postura democrática e visão republicana” do ex-governador de Pernambuco. “A classe política brasileira está em luto, a população de São Caetano também”, postou o peemedebista em sua página oficial na internet.

Chefe do Executivo mais jovem do Grande ABC, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), desejou condolências à família do presidenciável. “É comoção nacional. Penso na família dele neste momento, ele tinha só 49 anos. Estou com o coração apertado”, salientou o verde.

Em Mauá, Donisete Braga (PT) destacou que Eduardo “tinha potencial e história longa pela frente”. “Era liderança, com grande potencial, foi deputado, ministro, governador e, agora, candidato a presidente. Ele vinha mediando o conflito entre Dilma e Aécio (Neves, presidenciável pelo PSDB), tentando se consolidar como segunda via”, disse.

Em Ribeirão, Saulo Benevides (PMDB) lamentou a perda para o enriquecimento do debate eleitoral. “Que Deus possa confortar a família dele e dos companheiros que estavam no avião”, discorreu. O prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), lembrou o “pai de família que era Eduardo”. “É tristeza muito grande para todos nós. Eu também sou pai e estou muito abatido com o ocorrido”, comentou o tucano.

Eduardo deixa mulher e cinco filhos – o mais novo nasceu em janeiro.