Um homem foi encontrado parcialmente carbonizado em um restaurante na madrugada de ontem, por volta das 3h, na Avenida Paraíso, no bairro Olímpico, em São Caetano. Michel Batista Cobos, 37, que trabalhava no restaurante, foi preso em flagrante por homicídio qualificado, mas a polícia continua investigando o caso.

O desempregado Alex Rullo Timóteo, 26, foi encontrado por policiais militares após denúncia de disparo de arma de fogo. Momentos antes o Corpo de Bombeiros foi chamado para atender um incêndio em residência. No local, viram que não havia fogo e Cobos os tranquilizou dizendo que estava tudo sob controle.

Os policiais viram as roupas do indiciado manchadas de sangue e ele permitiu que a polícia entrasse no estabelecimento. Nos fundos do terreno, próximo a uma piscina, encontraram o corpo de Timóteo. a vítima teria sido baleada, além de ter o corpo parcialmente carbonizado.

Em depoimento, Cobos afirma não ter matado Timóteo. Ele teria recebido um ligação para que fosse até o local de trabalho. Como estava próximo, afirmou ter resolvido passar por lá. Ao chegar, um carro preto parou na frente do estabelecimento e os ocupantes teriam dito que trouxeram um presente de Natal. Após isso, jogaram o corpo de Timóteo na rua, segundo o suspeito, já sem vida. Cobos alega que só queimou a vítima por medo de ser acusado de assassinato.

“Ele começou a colocar fogo na vítima, mas disse que as labaredas cresceram muito rápido, por isso, logo apagou. Também disse que não matou Alex, que verificou que ele não respirava mais após ser jogado do carro. Agora, procuramos as câmeras do bairro para ver se a ação relatada é verdadeira”, disse a delegada que registrou o caso, Denise Pinto.

Ainda segundo o indiciado ele estaria sendo ameaçado pela vítima por ter sido intermediário em um empréstimo. Ele afirma que Timóteo era agiota e que teria apresentado a ele um amigo que não pagou a dívida.

Com Timóteo foram encontradas três folhas de cheques, no valor total de R$ 7.300, além do celular com mensagens que mostrariam uma rixa com outras pessoas. Foi realizado exame necroscópico para saber a causa da morte, se foi pelos tiros ou por queimaduras.

O caso foi registrado no 1º DP de São Caetano e Cobos foi levado a Cadeia Pública. Vítima e indiciado não tinham antecedentes criminais.