Em meio à crise no abastecimento na Região Metropolitana, cerca de 25% dos clientes da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) aumentaram o consumo de água em São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. O balanço foi feito entre os dias 12 de junho e 11 de julho e a comparação é em relação à média histórica registrada no período.

O percentual de aumento no gasto varia de 23% (em Ribeirão Pires) a 25%, índice registrado em São Bernardo. Em Diadema e Rio Grande da Serra, 24% dos clientes apresentaram elevação do consumo. As demais cidades do Grande ABC não entram no levantamento pois o serviço de água e esgoto é operado por empresas municipais. O Diário solicitou à Sabesp os números absolutos de usuários que consumiram mais água, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.

Entre os condomínios, o índice de aumento é maior. A elevação foi de 25% em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, 27% em São Bernardo e 50% em Diadema. A preocupação com os gastos dos moradores de apartamentos preocupa a Sabesp. Em junho, funcionários da companhia promoveram ação de conscientização em prédios da região com objetivo de combater o desperdício.

Por outro lado, o Grande ABC registrou pequeno crescimento entre os clientes que reduziram o consumo, na comparação com o período entre maio e junho. Em São Bernardo, o total de usuários que gastaram menos passou de 73% para 75%. Em Diadema, de 74% para 76%, enquanto em Rio Grande da Serra, o total passou de 75% para 76%. Já Ribeirão Pires manteve os mesmos 77%, mas continua sendo a cidade com maior quantidade de usuários que economizaram água.

Desde o dia 1º de abril, a Sabesp oferece desconto de 30% na fatura de quem reduzir o consumo em 20% ou mais. Entre junho e agosto, foram beneficiados pela medida 44% dos clientes de São Bernardo, 47% de Diadema 46% de Rio Grande da Serra e 42% de Ribeirão Pires.

Ontem, o Sistema Cantareira, que atende parte da Grande São Paulo, estava com 15,6% da capacidade. O Sistema Alto Tietê, que também está em situação preocupante, chegou a 21%.