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Porto de Galinhas é paraíso nordestino

Natureza exuberante classifica Porto de Galinhas
como um dos locais mais queridos de todo o País

Por Natália Fernandjes
Especial para o Diário
31/07/2014 | 07:00
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Divulgação


O destino certo para quem está em busca de descanso, lazer, opções gastronômicas, atrações culturais e ecológicas para toda a família. Possui belas paisagens, calor e infraestrutura de hotelaria para todos os bolsos. Com essas características, fica fácil entender o porquê Porto de Galinhas, localizada no litoral sul de Pernambuco, no município de Ipojuca, carrega o título de quinta praia mais procurada do País.

Em 18 quilômetros é possível se encantar com as praias de areias brancas, mar de água cristalina e morna e que, em alguns pontos, se transforma em piscinas naturais. O cenário é um convite aos que desembarcam no Aeroporto Internacional de Recife/Jaboatão dos Guararapes, longe 65 quilômetros, a experimentar a tranquilidade pernambucana durante a estadia no local. É o lugar para aproveitar e relaxar.

Apesar de o período de chuva ser entre maio e agosto, a temperatura média nunca sai dos 26°C. No verão, entretanto, os termômetros registram até 32°C. Isso torna o destino propício para os amantes de praia, mas também para interessados em aventura, com os passeios de jangada, mergulho e prática de surfe. Para tanto, protetor solar, óculos escuros, chapéus ou bonés e muito refresco se tornam itens indispensáveis.

Em 2013, a região recebeu cerca de 720 mil pessoas, o correspondente a 60% dos turistas que visitaram todo o Estado de Pernambuco. A maior parte dos visitantes – 79% – viaja acompanhada pelos familiares e 88% são brasileiros, vindos principalmente de São Paulo. Tendo no turismo sua principal atividade econômica, a Ipojuca já é responsável pela terceira maior arrecadação do Estado.

GRANDE ABC NO NORDESTE
Impulsionado pelo Complexo Industrial Portuário de Suape e seu crescimento de 10% ao ano, três cidades da região metropolitana de Pernambuco – Ipojuca, Jabotão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho –, receberam mais de 100 empresas, entre elas, indústrias de produtos químicos, metalmecânica, naval e logística, responsáveis por mais de 25 mil empregos diretos. Com isso, há quem associe o polo nordestino ao Grande ABC.

Para os pernambucanos, a expectativa é de que a região continue atraindo novos empreendimentos e faça do local polo tão rico quanto o primo paulista de economia madura dentro de 10 anos. Neste sentido, a aposta é unir o desenvolvimento industrial à vocação turística. Da parte de Ipojuca, cidade de 80 mil habitantes, a Prefeitura destaca investimento de R$ 15 milhões em infraestrutura, acesso, divulgação, preservação ambiental e segurança no ano.

Culinária Artesanal é um dos atrativos - Quando o assunto é gastronomia, a vila de Porto de Galinhas se transforma em metrópole. Isso porque o turista não sente dificuldade em encontrar restaurantes que oferecem, desde pratos típicos da culinária pernambucana – como peixes, carnes e a tapioca – até opções importadas de outros países, como crepes. A diferença fica por conta do toque especial artesanal dado a cada receita.

Em 2014 completam 20 anos que a empresária Claudia Câmara escolheu Porto de Galinhas para montar seu negócio e oferecer crepe como opção. “Comecei com uma chapa, um frigobar um jogo de pratos, copos e talheres e duas mesas com cadeiras. Fazia tudo sozinha”, lembra a proprietária do restaurante La Crêperie. Segundo ela, a humanização do atendimento é o segredo para manter a clientela. “O negócio é gostar de receber as pessoas, estar atento às pequenas coisas. Mudo a decoração e o cardápio uma vez por ano”, observa. Hoje, o cardápio oferece 50 opções, sendo o de camarão e o de chocolate com sorvete de creme, amêndoas e chantily os favoritos. Cada crepe custa, em média, R$ 20.

BOLO DE ROLO
Entre os quitutes das doceiras da região, um merece destaque. Trata-se do bolo de rolo, massa amanteigada recheada com goiabada, chocolate ou doce de leite. Uma das mantenedoras da autêntica receita do doce, Floraci Viveros, alerta os turistas para que não confundam a delícia com rocambole. “O rocambole é feito com massa de bolo pão de ló, já o bolo de rolo é algo artesanal”, defende. E o processo de produção do produto dá trabalho, garante a proprietária da Casa do Bolo de Rolo, na colônia de pescadores da vila. “Demora um dia todo para ficar pronto e o recheio deve ter a mesma espessura da massa para dar o visual estético quando se corta”, destaca. A receita, passada de geração para geração, ela esconde a sete chaves. “É um segredo que herdei da minha avó e estou começando a passar para a minha filha”, diz.

TAPIOCA
A tapioca é outro prato bastante consumido em Pernambuco. De acordo com a tapioqueira Berenice Araújo, há 17 anos e meio na Vila de Porto de Galinhas, a comida indígena foi adaptada aos costumes de cada região do País. No caso do nordeste, uma das mais pedidas é a de queijo com charque, espécie de carne seca. A unidade custa entre R$ 4 e R$ 8. “Como a massa é feita de raiz, não engorda, mas o recheio é o que pega”, brinca a simpática cozinheira.

Você sabia?
Porto de Galinhas veio a ser destino turístico na década de 1960, mas nem sempre teve esse nome. Antes chamado de Porto Rico, o vilarejo chegou a ter 155 engenhos de cana de açúcar em atividade no período colonial. A denominação, no entanto, foi resultado da expressão usada pelos traficantes de escravos para avisar aos senhores de engenho quando atracavam navios negreiros no porto sem chamar atenção: “É chegada galinha no porto”, diziam, para avisar a disponibilidade de novos escravos.




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