O Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) renovou neste mês contrato para limpeza de 25 piscinões da região metropolitana de São Paulo, sendo 19 no Grande ABC. Com a assinatura do termo aditivo, que demandará ao órgão estadual investimento de R$ 3,8 milhões, a empresa DP Barros terá até janeiro de 2015 para finalizar os serviços de manutenção nos reservatórios de águas pluviais.

O primeiro contrato entre o governo do Estado e a empresa, cujo valor também foi de R$ 3,8 milhões, foi assinado no início deste ano e teve validade de seis meses. Ao todo, o Daee irá gastar R$ 7,6 milhões com a manutenção, que envolve serviços como roçada, recuperação de bombas para escoamento da água e retirada de sedimentos e detritos.

Dos 19 reservatórios localizados na região, dez ficam em São Bernardo, quatro em Mauá, três em Diadema, um em São Caetano e outro em Santo André. Os seis restantes estão na Capital, Embu das Artes, Taboão da Serra e Osasco. O Grande ABC possui outros tanques para armazenamento de água da chuva, mas os equipamentos são de responsabilidade das prefeituras.

Sem a contratação da empresa por parte do Daee, os Executivos municipais teriam de arcar com os gastos. As cidades frequentemente alegam que não possuem recursos para bancar o serviço. Em 2011, o Estado investiu R$ 29 milhões para manter a atividade por um ano nos 25 reservatórios de toda a Grande São Paulo.

Na segunda-feira, o prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), reuniu-se com o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, para buscar solução emergencial para o piscinão do Paço Municipal. Segundo o coordenador da Defesa Civil da cidade, Sérgio Moraes, o reservatório está com apenas 15% da capacidade disponível em razão do acúmulo de detritos. Uma das soluções apresentadas pelo chefe do Executivo foi para que a retirada dos resíduos seja feita por equipes da Prefeitura, mas o transporte dos materiais fique sob responsabilidade dos funcionários da Pasta estadual.

Procurado pelo Diário, o Daee confirmou a realização da reunião, mas, até o fechamento desta edição, não informou quais foram as decisões tomadas e se a sugestão de Donisete é viável. O departamento, que é vinculado à Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, também não possuía, até o início da noite de ontem, o volume total de sedimentos que foram retirados dos piscinões desde o início do ano e se os equipamentos estão em condições de suportar as chuvas de verão, estação que começa no dia 21 de dezembro e termina no fim de março.

Departamento prepara licitação para gestão dos reservatórios

Depois de desistir da PPP (Parceria Público-Privada) bilionária para gestão e construção de piscinões na Grande São Paulo, o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) prepara licitação mais modesta para contratação de empresa que fará a manutenção dos reservatórios da Região Metropolitana.

O departamento informou ao Diário que está viabilizando processo licitatório no valor de R$ 40 milhões, mas não deu detalhes sobre o tempo de duração de contrato, responsabilidades da empresa vencedora e prazos para lançamento de edital.

Pelo modelo anterior, a concessionária iria gerir os reservatórios por 25 anos. Além de cuidar da manutenção, a empresa também teria de construir sete piscinões e operar outros oito que estão em obras. Entre os tanques que seriam criados estava o Jaboticabal, previsto para ser feito na divisa entre São Caetano, São Paulo e São Bernardo e que não tem data para sair do papel. A PPP estava avaliada em cerca de R$ 3,8 bilhões.