O reboot da saga Planeta dos Macacos em 2011 foi uma grata surpresa nos cinemas. Em A Origem, crítica e público viram a qualidade do drama sobre os primeiros passos de uma nova raça de primatas inteligentes, além de abismar os espectadores com o que de mais moderno a tecnologia de captação de movimentos pode disponibilizar. Como já era de se esperar, tudo é levado a um patamar superior em ''''''''Planeta dos Macacos: O Confronto'''''''', com cópias convencionais e em 3D nos cinemas da região.

Já se passaram dez anos desde que Caesar (Andy Serkis, devidamente creditado por sua interpretação e que tem chamado a atenção por trabalhos anteriores) aprendeu a falar e comandou inesperada revolta na cidade de São Francisco. A divisão entre humanos e macacos é clara nesse cenário apocalíptico. Os homens sobreviventes têm necessidades que os coloca diante dos símios de maneira hostil e o título do filme começa a ser construído na medida em que a tensão aumenta.

O diretor Matt Reeves (de Cloverfield – Monstro) segue um roteiro um tanto quanto básico, mostrando alguns integrantes de cada grupo tentando evitar o confronto que pode ser prejudicial para ambos, caso de Malcolm (Jason Clarke) e outros que só conseguem ver o duelo como solução para os problemas, entre eles o enfurecido chimpanzé Koba. Talvez a boa sacada fique por conta do cineasta explorar apenas pontos de vista diferentes, tentando evitar juízo de valor para mostrar que apenas um lado está certo e merece se manter.

Entre conversas por meio de gestos e escrita rudimentar, Caesar tenta ser o mais racional possível. Os acontecimentos apenas minam o território para uma agitada terceira parte da franquia, já aguardada para 2016. A expectativa em torno das histórias e das inovações tecnológicas será ainda maior.

Com cerca de US$ 170 milhões de orçamento, ''''''''Planeta dos Macacos: O Confronto'''''''', tem liderado as bilheterias norte-americanas desde sua estreia, há duas semanas. As salas por aqui também devem lotar para ver de perto essa revolução.